O FBI prendeu neste domingo, 11, Abu Agila Mohammad Massud, o terrrorista líbio acusado pela derrubada de um avião da PanAm sobre a cidade de Lockerbie, na Escócia, em 1988, que deixou 270 mortos. Ele será extraditado da Líbia para os Estados Unidos.
Massud enfrenta duas acusações criminais, incluindo destruição de uma aeronave resultando em morte. Ele estava detido em uma prisão da Líbia por crimes não relacionados ao atentado, quando o Departamento de Justiça abriu as acusações contra ele há dois anos.
A prisão de Massud, 34 anos após o atentando, foi o desfecho de um esforço de décadas do Departamento de Justiça dos EUA para processá-lo. Em 2020, o então secretário americano de Justiça, William Barr, anunciou a formalização de acusações criminais contra Massud, acusando-o de construir o explosivo usado para explodir o voo da Pan Am.
Massud é alvo de duas acusações criminais, incluindo destruição de uma aeronave resultando em morte. Ele estava detido em uma prisão da Líbia por crimes não relacionados ao atentado, quando o Departamento de Justiça abriu as acusações contra ele há dois anos. Não está claro como os EUA negociaram a extradição do terrorista.
O voo 103 da Pan Am havia decolado de Frankfurt, na Alemanha, no dia 21 de dezembro de 1988, com destino a Detroit, nos EUA. Ele fez uma escala em Londres e faria outra em Nova York. Cerca de 38 minutos depois da decolagem na capital britânica, uma bomba feita com explosivos plásticos, que pesavam apenas 400 gramas, provocou a destruição da aeronave, cujos destroços se espalharam por 130 quilômetros na região de Lockerbie, na Escócia.
Depois que Muamar Kadafi, ditador da Líbia, foi deposto, em 2011, Massud confessou sua participação no atentado, dizendo a um policial líbio que ele estava por trás da explosão. Assim que os investigadores americanos souberam da confissão, em 2017, eles interrogaram o oficial líbio e formalizaram as acusações.
Massud é a terceira pessoa acusada pelo atentado. Os dois outros são Abdel Basset Ali al-Megrahi e Amin Khalifa Fhimah. A Líbia se recusou a enviá-los para julgamento nos EUA ou no Reino Unido, mas aceitou que eles fosse julgados na Holanda – considerada neutra. Em 2001, Fhimah foi absolvido e Megrahi foi condenado e sentenciado à prisão perpétua. / NYT
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