EUA pressionam Israel a liberar ajuda humanitária para Gaza e ameaçam cortar fornecimento de armas

Governo americano deu prazo para o israelense reduzir a crise no enclave palestino após semanas de alertas

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Os Estados Unidos deram um prazo de 30 dias para Israel deixar a ajuda humanitária entrar em Gaza e reduzir a crise no enclave palestino. Em carta enviada no fim de semana, assinada pelo secretário de Estado, Antony Blinken, e pelo chefe do Pentágono, Lloyd Austin, os americanos ameaçaram cortar o fornecimento de armas ao governo israelense.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, confirmou que a carta foi enviada ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e ao chanceler israelense, Ron Dermer. A ameaça vem após semanas de alertas de que as condições humanitárias estavam se deteriorando rapidamente em Gaza, diante das crescentes restrições israelenses à entrega de ajuda internacional.

Após semanas de alertas sobre crise humanitária na Faixa de Gaza, EUA pressionam Israel a liberar ajuda humanitária e ameaçam suspender armas.  Foto: Omar Al-qattaa/AFP

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De acordo com Miller, o nível de ajuda humanitária em Gaza é atualmente o mais baixo já registrado desde os ataques do Hamas, em 7 de outubro do ano passado. Uma cópia da carta publicada por um repórter do portal Axios indica a possibilidade de os EUA suspenderem o fornecimento de armas a Israel com base em uma lei interna que proíbe o envio de ajuda militar a qualquer país que esteja bloqueando a entrega de ajuda humanitária dos EUA.

Além da preocupação com a crise humanitária em Gaza, a Casa Branca pode estar de olho também na eleição. A pouco mais de 20 dias da votação, a democrata Kamala Harris vem sendo criticada pela comunidade árabe de Michigan – cerca de 250 mil pessoas.

Em 2016, Donald Trump venceu a eleição em Michigan por apenas 11 mil votos. Em 2020, Biden levou o Estado graças ao voto árabe. Desta vez, alguns representantes da comunidade anunciaram que não apoiarão ninguém. Outros, prometeram votar em Trump.

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Nos últimos dias, Israel intensificou suas operações em Gaza, para destruir o Hamas, além de manter suas operações no Líbano contra o Hezbollah – ambos os grupos apoiados pelo Irã. Na segunda-feira, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, prometeu aos americanos que não atacaria instalações nucleares ou de petróleo do Irã, ao retaliar o ataque iraniano contra Israel em 1.º de outubro. A notícia acalmou ontem os mercados e fez o preço do petróleo cair cerca de 5%. NYT

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