Os Estados Unidos lançaram nesta terça-feira, 16, o terceiro ataque contra bases dos houthis no Iêmen e destruíram quatro mísseis identificados pelo Pentágono como risco iminente para embarcações que transitam pelo Mar Vermelho. A operação tenta dissuadir os rebeldes aliados do Hamas, que intensificaram os disparos contra navios na região, colocando em risco rotas de navegação entre a Europa e a Ásia, essenciais para o comércio global.
Os rebeldes financiados pelo Irã, no entanto, continuam desafiando os Estados Unidos e seus aliados. No domingo, os houthis tentaram atingir um navio de guerra americano, na segunda, danificaram uma embarcação comercial também de propriedade dos EUA.
A resposta veio nesta terça com o ataque que atingiu os mísseis no Iêmen. De acordo com o Comando Central dos EUA, que supervisiona operações em toda a região, a operação foi realizada às 4h15 (horário local). Mais tarde, por volta das 13h45, os rebeldes voltaram a atacar e lançaram um míssil balístico no Mar Vermelho, atingindo um navio de propriedade grega com bandeira de Malta. Não foram registrados maiores danos ou feridos.
A violência indica que os rebeldes houthis ainda são capazes de manter os ataques mesmo depois que foram atingidos em operações conjuntas dos EUA com o Reino Unido.
As forças americanas têm buscado conter os ataques, em parte, interceptando o fornecimento de armas do Irã para o Iêmen. Na quinta-feira, a tropa de elite da marinha americana, SEALs, encontrou ogivas de mísseis fabricadas no Irã em um dhow (uma espécie de veleiro) no Mar Arábico.
Leia também
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse na terça-feira que uma reação dos houthis já era esperada, quando os Estados Unidos lançaram o ataque ao Iêmen na semana passada, mas reforçou que Washington não quer guerra. “Não estamos buscando expandir isso”, disse Kirby. “Eles ainda têm tempo para fazer a escolha certa, que é parar esses ataques imprudentes.”
Os Houthi têm afirmado que estão agindo em apoio aos palestinos de Gaza, embora muitos dos alvos do grupo não tenham uma conexão clara com Israel./NY Times e W. Post
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.