EUA: soldado americano se declara culpado de vender segredos para a China

Sargento foi preso após uma investigação do FBI e da contrainteligência do Exército dos EUA apontar que ele recebeu US$ 42 mil em troca de dezenas de registros de segurança confidenciais

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Foto do author Katharina Cruz
Atualização:

Um analista do Exército dos Estados Unidos confessou ser culpado das acusações de conspiração para vender segredos militares à China, informou o Departamento de Justiça americano na terça-feira, 13. O sargento Korbein Schultz foi preso após uma investigação do FBI e da contrainteligência do exército dos EUA apontar que ele recebeu US$ 42 mil (cerca de R$ 230 mil) em troca de dezenas de registros de segurança confidenciais, entre junho de 2022 e março deste ano, quando foi detido. A sentença deve ser divulgada em janeiro. As informações são da BBC.

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De acordo com a reportagem, o sargento Schultz, que possuía autorização de segurança para acessar informações ultrassecretas, conspirou para coletar dados confidenciais relacionados aos sistemas de defesa antimísseis e artilharia móvel com alguém que ele acreditava estar morando em Hong Kong, de acordo com documentos judiciais.

Os documentos apontam que o sargento Schultz também coletou dados sobre aeronaves de caça dos EUA, táticas militares e a estratégia de defesa militar dos EUA para Taiwan, com base no que aprendeu com a guerra da Rússia na Ucrânia, destaca a BBC.

Korbein Schultz, analista do Exército dos EUA que se declarou culpado de acusações de conspiração para vender segredos militares à China.  Foto: Reprodução/CBS

“Ao conspirar para transmitir informações de defesa nacional a uma pessoa que mora fora dos Estados Unidos, este réu insensivelmente colocou nossa segurança nacional em risco para lucrar com a confiança que nossos militares depositaram nele”, disse Matthew Olsen, procurador-geral assistente da Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça.

Segundo a BBC, o sargento Schultz se declarou culpado de todas as acusações contra ele, incluindo conspiração para obter e divulgar informações de defesa nacional e suborno de um funcionário público. A acusação anterior contra o sargento Schultz detalhou mensagens que ele enviou ao suposto morador de Hong Kong, que foi mencionado nos documentos judiciais como “Conspirador A”. O FBI e o Comando de Contrainteligência do Exército dos EUA continuam investigando o caso.

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