A pandemia do novo coronavírus não cede nos Estados Unidos, que superaram a barreira dos 3 milhões de casos nesta quarta-feira, 8, um dia depois de o governo de Donald Trump anunciar o início do processo formal para tirar o país da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia, com mais de 131 mil mortos, seguido do Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro, que anunciou na véspera ter sido infectado pela covid-19, questiona desde o início as medidas para aplacar a pandemia.
No Brasil, o novo coronavírus já causou mais de 66.000 mortes e 1,6 milhão de contágios, mas apesar dos dados, tanto Trump quanto Bolsonaro continuam criticando as medidas de confinamento.
O fato de estar doente não mudou a atitude desafiadora de Bolsonaro frente ao vírus. "Com a graça de Deus, viverei ainda por muito tempo", tuitou nesta quarta o presidente, após voltar a defender o uso da polêmica hidroxicloroquina para tratar a doença.
Enquanto isso, a cidade australiana de Melbourne se preparava nesta quarta para voltar ao confinamento para tentar aplacar a curva de contágios em um momento em que são registrados cerca de 100 novos casos diários.
Na Europa surgem indícios de que voltar a impor medidas restritivas muito estritas será difícil, depois de a Sérvia ser palco de um protesto com milhares de pessoas criticando o toque de recolher e de a França descartar que no caso de uma segunda onda voltaria a impor um "confinamento total".
Em todo o mundo, o vírus infectou quase 12 milhões de pessoas e deixou mais de 545 mil mortos desde que foi detectado pela primeira vez na China no fim de 2019. /AFP
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