EUA vão construir nova embaixada em Brasília com profundidade equivalente a 9 andares; veja como é

Governo dos Estados Unidos vai gastar R$ 3,5 bilhões (US$ 623 milhões) para construir uma nova representação cujo edifício tem fundações de 29 metros de profundidade e área construída de 22 mil m² com previsão de conclusão para 2030

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Por Guilherme Schanner
Atualização:

O governo dos Estados Unidos vai gastar R$ 3,5 bilhões (US$ 623 milhões) para construir uma nova embaixada em Brasília. A menos de 5 minutos do Palácio do Planalto, o edifício vai substituir o prédio existente no local e terá 22 mil m². A área equivale ao tamanho da Praça da República, no Centro de São Paulo.

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As obras já começaram e o espaço ocupado pela embaixada está tomado por contêineres e materiais de construção. O projeto vem sendo divulgado pela própria representação diplomática dos EUA, mas com algumas restrições.

A embaixada prefere não dar detalhes sobre as áreas localizadas no subsolo do edifício por motivos de segurança. No momento, a edificação está na fase das fundações, que têm profundidade de 29 metros. A título de comparação, essa metragem seria equivalente à altura de um prédio residencial de nove andares.

A planta exibida pela embaixada mostra que o novo prédio de fundações profundas terá apenas três andares e capacidade para abrigar 450 funcionários.

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Segundo o porta-voz da embaixada americana, Luke Ortega, o investimento no novo edifício mostra o comprometimento da importância que os EUA dão às relações com o Brasil.

Projeto da nova embaixada dos Estados Unidos em Brasília - Divulgação/The U.S. Department of State Bureau of Overseas Buildings Operations Foto: The U.S. Department of State Bureau of Overseas Buildings Operations

Ortega afirma que, com a ampliação das instalações, a representação diplomática poderá aumentar a capacidade de emitir vistos de brasileiros para os EUA. “Iremos aumentar a capacidade do novo prédio em 40%, o quer dizer que teremos mais janelas onde o consulares fazem as entrevistas para os solicitantes de vistos”, explica Ortega. “É importante destacar que 1,1 milhão de vistos que foram emitidos no ano passado corresponde a todos os vistos em todo o Brasil”.

Para se adaptar melhor ao clima de Brasília, o projeto arquitetônico da embaixada incluirá elementos de outros edifícios da capital - as curvas do prédio são inspiradas nos trabalhos do Oscar Niemeyer - e soluções sustentáveis, como placas solares e captação de chuva.

A construção irá manter a praça original, projetada pelo paisagista Burle Max, que contém uma árvore de mais de cem anos. Segundo Ortega, as placas irão fornecer 25% das necessidades energéticas. A água da chuva será reciclada para regar os jardins da embaixada.

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Ortega diz que a construção simboliza uma renovação nas relações diplomáticas dos Estados Unidos com o Brasil, ressaltando que o país norte-americano foi o primeiro a ter uma embaixada em Brasília em 1961. “A gente fez uma reforma em 1974 e agora a gente está fazendo essa obra para fazer uma atualização da nossa presença diplomática aqui no Brasil”. Atualmente, o Brasil é a sexta maior missão diplomática dos Estados Unidos no mundo.

Independente de quem vença as eleições em novembro, o porta-voz assegurou que nenhuma mudança ocorrerá na construção da embaixada. “Isso aqui é um projeto que tem sido planejado faz anos, vai demorar anos para ser terminado”, explica. A expectativa é que o prédio esteja pronto em 2028 e, depois, levará mais dois anos para construção de outras instalações, como área de lazer e moradias para forças de segurança dos fuzileiros navais.

A vegetação da embaixada terá plantas típicas do cerrado, além de outras plantas tropicais. As 92 árvores do antigo jardim foram transplantadas e estarão no Brasília Country Club enquanto as obras da nova sede estão em andamento.

Nesta segunda-feira, 4, a embaixada dos EUA divulgou nota confirmando que as fundações do novo prédio terão profundidade de 10 a 30 metros. A representação diplomática esclareceu que o edifício tem apenas um subsolo e que a estrutura da edificação segue os padrões de segurança previstas nas normas de construção dos EUA.

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A seguir a íntegra da nota:

Diante das recentes publicações com informações incorretas sobre a construção da nova Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, a assessoria de imprensa esclarece que o edifício não contará com nove andares subterrâneos — terá apenas um. Essa informação incorreta parece originar-se de uma matéria que calculou erroneamente a profundidade e altura do novo edifício com base em sua fundação em estacas, projetadas para distribuir o peso do edifício com segurança. Essas estacas têm profundidades entre 10 e 30 metros abaixo do solo, em conformidade com as normas de construção do Governo dos EUA.

A modernização da Embaixada inclui a construção de um novo prédio no mesmo local, com apenas um pavimento abaixo do nível da rua, respeitando as características da paisagem original de Brasília. A nova instalação vai aumentar a capacidade de entrevistas de vistos em 40% e gerar um quarto da energia necessária para suas operações. Desde o anúncio do projeto, em 2015, o governo norte-americano tem trabalhado em estreita colaboração com o Distrito Federal e o Ministério das Relações Exteriores para obter as aprovações e licenças necessárias para o projeto.

De acordo com o porta-voz da embaixada, Luke Ortega, “a relação entre o Brasil e os EUA é sólida, mas também está em constante evolução. É evidenciada pela nossa significativa presença no País, como a sexta maior missão diplomática dos EUA no mundo”. Pedimos o apoio dos meios de comunicação para corrigir essa informação, garantindo que os brasileiros tenham acesso a dados corretos sobre esse importante projeto para os dois países.

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