WASHINGTON - O governo americano advertiu a Rússia sobre o ataque à base aérea na Síria, informou Washington. "As forças russas foram alertadas antes do ataque através de uma linha estabelecida para isso", afirmou o capitão Jeff Davis, porta-voz do Pentágono - ele se referiu à comunicação militar prevista especialmente para esses casos.
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"Os estrategistas militares americanos tomaram as precauções necessárias para minimizar os riscos para russos ou sírios que estavam próximos aos alvos dos ataques", completou.
O porta-voz também afirmou que embora o Pentágono ainda esteja avaliando os efeitos do ataque, já comprovaram que "danos consideráveis e destruição" de aeronaves sírias, elementos de infraestrutura e outros equipamentos, o que "reduzirá a capacidade do governo sírio de fazer uso de armas químicas".
Por sua parte, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, disse que as forças russas foram notificadas, mas não houve um contato direto com o Kremlin. "Não fizeram contatos com Moscou, nem com o presidente (Vladimir) Putin, embora os acordos de descentralização militares foram seguidos", afirmou o secretário de Estado, para um grupo de jornalistas, depois que o presidente Donald Trump confirmou ter dado a ordem para o ataque.
"A Rússia devia localizar estas armas, protegê-las e destruí-las. Eles devem atuar como fiadores, e é evidente que a Rússia falhou em sua responsabilidade", disse Tillerson, em respeito dos acordos feitos com a Síria para que deixasse de fazer uso deste tipo de armas, após outro ataque similar ocorrido em 2013.
"Ou a Rússia foi cúmplice ou foi simplesmente incompetente em sua capacidade para cumprir esse acordo", afirmou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos. O governo russo havia alertado sobre as "consequências" de uma ação unilateral por parte dos Estados Unidos contra a Síria, enquanto o Conselho de Segurança das Nações Unidas ainda busca chegar a um acordo sobre uma resolução, precisamente por causa do veto russo.
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As forças militares americanas lançaram hoje um total de 59 mísseis Tomahowks, a partir de dois de seus navios militares localizados no Mediterrâneo, contra a base aérea de Shayrat, na cidade de Homs, de onde acredita o governo americano, partiram as aeronaves que executaram os ataques aéreos da última terça, onde cerca de 100 civis morreram. / AFP