Um dos maiores eventos conservadores dos Estados Unidos revelou o racha entre integrantes do Partido Republicano em relação à indicação do ex-presidente americano Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2024. Neste sábado, 4, Trump discursou por 1 hora e 45 minutos durante o fechamento do evento da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Maryland, estado ao lado de Washington, D.C.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/NX664CRPLZCZTILLX5HQHEW5OU.jpg?quality=80&auth=1cf13d013d0475516fe93d103a4d3a4fc07504aa42e7aa3a75b197f2c0872d06&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/NX664CRPLZCZTILLX5HQHEW5OU.jpg?quality=80&auth=1cf13d013d0475516fe93d103a4d3a4fc07504aa42e7aa3a75b197f2c0872d06&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/NX664CRPLZCZTILLX5HQHEW5OU.jpg?quality=80&auth=1cf13d013d0475516fe93d103a4d3a4fc07504aa42e7aa3a75b197f2c0872d06&width=1200 1322w)
O governador da Flórida, Ron De Santis, é um dos cotados para disputar com Trump as prévias do partido e deve lançar sua candidatura em breve. De Santis não veio a Washington participar do encontro. Preferiu ser o principal atrativo do retiro privado de doadores do grupo conservador Club for Growth, um grupo antiimpostos em desacordo com Trump, na Flórida neste fim de semana. Esse evento teve a participação de outros potenciais candidatos republicanos para 2024 que preferiam não vir para a CPAC.
Preferência.
Outros potenciais candidatos às prévias, o ex-vice-presidente Mike Pence, a governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, o governador de New Hampshire, Chris Sununu, e o senador Tim Scott da Carolina do Sul, não constaram na programação da conferência em Maryland. Trump é o preferido da CPAC, que fez uma pesquisa para indicar qual é a preferência de candidatos para a presidência dos EUA em 2024, e Trump levou com 62%. Ron de Santis ficou com 20%.
O ex-presidente americano foi ovacionado quando entrou no principal salão Gaylord National Resort & Convention Center. Citou nome de figuras conhecidas do partido, com a ultradireitista Marjorie Taylor Green, que participou do evento na sexta-feira, proferindo um discurso voltado à pauta de costumes. Trump citou a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse que era amigo dele e do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que participou de uma mesa redonda.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/MXK663FXXVHH7HRHZFW7BG3V4M.jpg?quality=80&auth=063917ee4e378508830a7f7b61c87dc6487159f11559faf914eea4b9993c97bd&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/MXK663FXXVHH7HRHZFW7BG3V4M.jpg?quality=80&auth=063917ee4e378508830a7f7b61c87dc6487159f11559faf914eea4b9993c97bd&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/MXK663FXXVHH7HRHZFW7BG3V4M.jpg?quality=80&auth=063917ee4e378508830a7f7b61c87dc6487159f11559faf914eea4b9993c97bd&width=1200 1322w)
Trump começou o discurso afirmando que os Estados Unidos são o único país que tem condições de vencer o comunismo e o socialismo. “Estou aqui hoje porque vamos terminar o que começamos. Vamos completar a missão, fazer a América Grande de Novo (Make America Great Again)”, disse Trump.
Acusações.
O ex-presidente acusou o presidente democrata Joe Biden de ter o governo mais corrupto da história dos EUA, criticou o número de ilegais no país, e a condução em relação à guerra na Ucrânia. “Se me colocarem de novo na presidência, o reino deles está acabado”, afirmou.
Trump destacou ser um dos únicos presidentes americanos que não entrou em guerra e, com Biden, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia, com o ex-presidente Barack Obama, invadiu a Criméia, e com George Bush Jr., a Geórgia. Comentou ainda que controlou as fronteiras. Segundo ele, só aumentou o número de imigrantes ilegais e hoje há um recorde em deportações.
O ex-presidente americano considerou uma injustiça as críticas que recebe da mídia em relação ao combate à covid e continua chamando o Sars-Cov 2 de vírus chinês. Trump aproveitou para acusar a Organização Mundial de Saúde de ser controlada pela China.