WASHINGTON - A Justiça dos EUA investiga se Michael Cohen, ex-advogado pessoal do presidente americano, Donald Trump, cometeu fraude fiscal e bancária avaliada em mais de US$ 20 milhões por meio de empréstimos obtidos por um negócio de família, informou o jornal The New York Times.
Os investigadores também tentam determinar se Cohen violou normas vinculadas às finanças da campanha ou outra lei quando estabeleceu acordos para silenciar mulheres que afirmavam ter mantido relações amorosas com Trump.
Os promotores podem apresentar as acusações nos próximos dias, segundo a publicação, que cita duas fontes próximas ao caso.
As condenações por fraude fiscal e bancária implicam penas de prisão potencialmente elevadas, o que poderia forçar Cohen a cooperar com a Promotoria em uma eventual acusação. A imprensa americana especula cada vez mais que ele estaria pronto para colaborar com o Ministério Público.
A investigação federal sobre Cohen concentra-se em seus negócios e se os pagamentos feitos por ele violaram as leis de financiamento eleitoral.
Cohen admitiu que pagou US$ 130 mil à atriz pornô Stephanie Clifford - conhecida na indústria como Stormy Daniels - para que não falasse sobre uma relação sexual que ela afirma ter mantido com Trump em 2006. O advogado também é vinculado ao silenciamento da ex-modelo da Playboy Karen McDougal, que disse ter mantido um romance com o atual presidente.
O advogado de 52 anos trabalhou para a Trump Organization por mais de uma década. Ele era um dos assessores mais leais do presidente e se autointitulou advogado pessoal dele após Trump assumir a Casa Branca.
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Cohen e seus advogados se negaram a comentar as investigações quando procurados. / AFP e NYT
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