WASHINGTON - O ex-policial americano Michael Slager foi condenado na quinta-feira, 8, a 20 anos de prisão por ter assassinado, em 2015, um negro desarmado, segundo informações do Departamento de Justiça.
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Esta condenação é uma raridade nos Estados Unidos, país onde poucos casos de cidadãos negros mortos por policiais chegam aos tribunais.
Os fatos ocorreram na Carolina do Sul, em abril de 2015, quando Slager, que na época trabalhava para o Departamento de Polícia de North Charleston, parou Walter Scott por estar com uma luz do seu veículo quebrado.
Durante a abordagem, Scott fugiu a pé de Slager por um terreno baldio, e recebeu cinco tiros pelas costas. Uma pessoa que passava pelo local gravou a cena, que foi utilizada pelo juiz para considerar a morte como um homicídio dolosos - aquele com intenção de matar.
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O assassinato de Scott aconteceu em um período no qual as forças de segurança nos Estados Unidos eram questionadas após a morte de vários negros pelas mãos da polícia.
O caso que acendeu o pavio foi o do jovem Michael Brown, em Missouri, em 2014, uma morte que desencadeou violentos protestos e reavivou as tensões raciais no país.
No caso de Scott, a polêmica desencadeada com a gravação culminou com a demissão de Slager e a prisão dele poucos dias depois do assassinato.
A família de Scott conseguiu um acordo econômico com o município de North Charleston pelo qual recebeu US$ 6,5 milhões em indenização. / EFE
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