Exército de Israel anuncia recuperação de três corpos de reféns que estavam em Gaza

De acordo com o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), os corpos de Amit Buskila, Shani Louk e Itzik Gelernter foram recuperados em uma operação realizada na noite de quinta-feira, 16

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Por Redação

As Forças de Defesa de Israel (FDI) recuperaram os corpos de três reféns israelenses que morreram no dia 7 de outubro, quando terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel e mataram 1.200 pessoas. Os terroristas mataram os reféns em Israel e levaram os corpos para a Faixa de Gaza.

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O contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz militar israelense, afirmou que os corpos de Amit Buskila, Shani Louk e Itzik Gelernter foram recuperados. Os três estavam em um festival de musica eletrônica no sul do país quando o ataque do grupo terrorista Hamas aconteceu. Mais de 360 pessoas que estavam no festival foram mortas.

A operação das tropas israelenses para a recuperação dos corpos dos reféns foi realizada na noite de quinta-feira, 16. O porta-voz das FDI não apontou qual era a localização dos corpos no enclave palestino.

Fotos de reféns israelenses que estão na Faixa de Gaza foram colocadas na chamada praça dos reféns, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Oded Balilty/AP

Hagari afirmou que os três reféns fugiram do festival de música em direção a Mefalsim, um kibutz no sul de Israel, mas terroristas do Hamas mataram os israelenses no local.

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Mais de 125 reféns vivos e mortos sequestrados no dia 7 de outubro do ano passado permanecem em Gaza. Israel e o grupo terrorista Hamas mantiveram negociações para um cessar-fogo e um acordo que possa tirar os reféns de Gaza, mas a negociação não foi concretizada.

Cais em Gaza

Caminhões de ajuda humanitária começaram a desembarcar em Gaza na manhã desta sexta-feira, 17, através de um cais temporário construído pelo Exército americano. Contudo, a ajuda enviada ao enclave palestino está muito aquém do que organizações humanitárias afirmam que os civis palestinos precisam.

Nenhuma tropa dos EUA entrou em Gaza nesta sexta-feira, segundo Washington, enfatizando que estavam fornecendo apenas apoio logístico para a entrega dos suprimentos, que foram doados por vários países e organizações.

Civis palestinos observam um navio americano construindo um cais para que facilitar a transferência de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza Foto: AFP/AFP

Israel está sob pressão da administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e de outros aliados para fazer mais para facilitar a entrada de ajuda, com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, alertando esta semana que as recentes melhorias na entrega de ajuda estavam sendo prejudicadas pelos combates no sul de Gaza.

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Os suprimentos incluídos nas entregas iniciais representaram uma fração das necessidades em Gaza: barras de alimentos para 11 mil pessoas, alimentos terapêuticos para 7.200 crianças desnutridas e kits de higiene para 30 mil pessoas, segundo a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional. O governo britânico disse ter enviado 8.400 abrigos temporários feitos de lonas plásticas.

Combates

O Exército de Israel e o grupo terrorista Hamas travaram combates intensos nesta sexta-feira no norte da Faixa de Gaza, um dia após o governo israelense anunciar uma “intensificação” das operações em Rafah, no sul do território, apesar da preocupação internacional com a população civil.

As tropas israelenses e terroristas do Hamas se enfrentaram no campo de refugiados de Jabalya, no norte do território, que também é alvo de bombardeios aéreos e disparos de artilharia, segundo testemunhas.

No extremo sul do território palestino, em Rafah, as brigadas Ezedin al-Qasam, o braço armado do Hamas, anunciaram ataques contra as unidades israelenses “mobilizadas no posto de fronteira” com o Egito.

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A costa desta cidade, onde milhares de pessoas foram deslocadas pelo conflito, está sob ataques da Marinha israelense, segundo relatos de testemunhas que conversaram com a AFP.

Israel aponta que Rafah é a última fortaleza do grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza e uma operação mais abrangente na cidade é necessária para a vitória contra o Hamas. Treze países, incluindo Reino Unido, Alemanha, França, Canadá e Japão, pediram a Israel que não inicie uma ofensiva em larga escala em Rafah, algo que, afirmam, “teria consequências catastróficas para a população civil”./com NYT e AFP

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