Explosão mata ao menos 21 pessoas em Cabul

Atentado ocorreu em uma mesquita lotada; não há informações sobre os responsáveis pelas mortes

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Por Redação
Atualização:

CABUL - Uma explosão atingiu uma mesquita lotada em, Cabul, capital do Afeganistão na noite de quarta-feira, 17. O atentado matou pelo menos 21 pessoas e feriu 33 fiéis, informaram as autoridades.

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“Ontem (quarta-feira, 17) houve uma explosão em uma mesquita durante a oração da noite. Como resultado, 21 de nossos cidadãos foram martirizados e 33 ficaram feridos”, disse um porta-voz da polícia, Khalid Zadran, em um comunicado.

“A explosão foi causada por explosivos colocados dentro da mesquita”, disse o porta-voz à AFP.

A ONG italiana Emergency, que opera um hospital em Cabul, disse ter recebido 27 vítimas da explosão, dez delas mortas. Entre os feridos há cinco crianças, apontou a organização no Twitter.

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“A maioria dos pacientes que recebemos após a explosão na mesquita sofreu ferimentos por estilhaços e queimaduras”, disse o Emergency em nota.

Combatentes do Talibã e moradores locais se reúnem em torno de uma mesquita que foi bombardeada, em Cabul. Foto: Ebrahim Noroozi/AP Foto: Ebrahim Noroozi

O porta-voz do governo talibã, Zabihullah Mujahid, confirmou que houve mortos e feridos na explosão, mas não especificou o número.

Havia temores de que o número de vítimas pudesse aumentar ainda mais. Na manhã de quinta-feira, 18, uma testemunha da explosão que se identificou como Qyaamuddin disse ao The Associated Press ele acredita que até 25 pessoas podem ter sido mortas na explosão.

“Era hora da oração da noite, e eu estava participando da oração com outros, quando a explosão aconteceu”, relatou Qyaamuddin. Alguns afegãos usam um único nome.

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Uma semana atrás, um homem detonou uma bomba dentro de uma escola muçulmana em Cabul. A explosão vitimou um clérigo talibã, Rahimullah Haqqani, e seu irmão. A ação foi reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Embora a tomada do poder pelo Talibã há um ano tenha reduzido a violência no Afeganistão, o país sofre regularmente ataques do EI, geralmente visando minorias como xiitas, sufis ou siques.

O Talibã diz ter derrotado esse grupo jihadista, mas especialistas dizem que isso ainda é um desafio de segurança para o movimento islâmico.

Embora ambos sejam islâmicos sunitas radicais, o Talibã e o EI se tornaram rivais ferrenhos com grandes diferenças ideológicas e estratégicas.

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O ataque ocorre antes de uma grande reunião nesta quinta-feira, 18, de mais de 2.000 clérigos religiosos e líderes talibãs na cidade de Kandahar, no sul do país, berço do movimento./AFP, AP

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