O principal provedor da Faixa de Gaza anunciou que a região voltou a ficar sem internet neste domingo, 5, e culpou Israel pela interrupção do serviço. O apagão das telecomunicações foi confirmado pelo órgão de vigilância de rede Netblocks.
A provedora Paltel informou a “interrupção completa” dos serviços de comunicação e internet. “As ligações que haviam sido reconectadas foram cortadas de novo pelo lado israelense”, afirma o comunicado. A informação foi confirmada também pela Netblocs.
Nas redes sociais, a ONG relatou um “novo colapso na conectividade na Faixa de Gaza, com alto impacto para a Paltel, última grande operadora remanescente no território”.
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Ainda de acordo com a ONG, essa é a terceira vez que a Faixa de Gaza tem interrupção das telecomunicações desde o início da guerra, que está prestes a completar um mês. O bloqueio é seguido por uma intensificação dos bombardeios, informou o Washington Post, citando os relatos de dois jornalistas no enclave.
Gaza está sob bloquei de Tel-Aviv há quase um mês, quando terroristas do Hamas mataram 1.400 pessoas e levaram mais de 200 como reféns em um ataque sem precedentes à Israel. Do lado palestino, a ofensiva israelense deixou pelo menos 9.770 mortos, segundo o ministério da saúde local, que é controlado pelo Hamas. O número não pode ser verificado de forma independente.
Aliados de Israel, os Estados Unidos passaram a pedir por pausas humanitárias para distribuição de ajuda aos civis. Apesar da pressão internacional, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu rejeita qualquer “trégua” até que os cerca de 240 reféns sequestrados pelo Hamas sejam libertados./COM INFORMAÇÕES DE WASHINGTON POST E AFP
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