FBI investiga ameaças de ataque a bomba contra indicados para segundo governo de Trump

Nomes como Elise Stefanik, escolhida como próxima embaixadora na ONU, e Matt Gaetz, inicialmente indicado como procurador-geral, estão entre os alvos das ameaças

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Vários dos mais importantes nomes indicados para o gabinete do presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump foram alvo de ameaças de bomba e “ataques de swatting”, disse a equipe de transição de Trump nesta quarta-feira, 27. O FBI disse que está investigando.

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“Na noite passada e nesta manhã, vários indicados ao gabinete e nomeados da administração de Trump foram alvo de ameaças violentas, não americanas, contra suas vidas e aqueles que vivem com eles”, disse Karoline Leavitt, porta-voz da transição de Trump, em um comunicado.

Ela afirmou que os ataques variaram de ameaças de bomba a swatting, prática em que os agressores acionam serviços emergenciais da polícia contra uma vítima sob falsas alegações. A porta-voz afirmou que as autoridades agiram rapidamente para garantir a segurança dos alvos.

Entre os alvos estão Elise Stefanik, escolhida por Trump como próxima embaixadora na ONU; Matt Gaetz, inicialmente indicado como procurador-geral; e o ex-congressista de Nova York Lee Zeldin, nomeado para liderar a Agência de Proteção Ambiental. Autoridades também investigam se Susie Wiles, futura chefe de gabinete de Trump, e Pam Bondi, indicada como substituta de Gaetz, foram vítimas de ataques semelhantes.

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Elise Stefanik, escolhida por Trump como próxima embaixadora na ONU, recebeu aviso sobre ameaça enquanto voltada para Washington após Ação de Graças. Foto: Jose Luis Magana/AP

O FBI disse em comunicado que está “ciente de inúmeras ameaças de bomba e incidentes de swatting direcionados a indicados e nomeados da administração entrante” e que está investigando com seus parceiros policiais. O FBI acrescentou: “Levamos todas as potenciais ameaças a sério e, como sempre, encorajamos o público a relatar imediatamente qualquer coisa que considerem suspeita às autoridades”.

A porta-voz da Casa Branca, Saloni Sharma, afirmou que o presidente Joe Biden foi informado e que a Casa Branca está em contato com autoridades federais e a equipe de transição de Trump. Biden “continua monitorando a situação de perto”, disse a porta-voz, acrescentando que o presidente e seu governo “condenam ameaças de violência política”.

O gabinete de Elise Stefanik, a indicada para embaixadora na ONU, disse que, na manhã de quarta-feira, ela, seu marido e seu filho de 3 anos estavam dirigindo para casa, voltando de Washington para o feriado de Ação de Graças, quando foram informados sobre uma ameaça de bomba à sua casa no condado de Saratoga. O gabinete afirmou que “as autoridades estaduais de Nova York, do condado e a Polícia do Capitólio dos EUA responderam imediatamente com os mais altos níveis de profissionalismo”.

A Polícia Estadual de Nova York informou que uma equipe foi enviada para vasculhar a casa de Elise,mas nenhum dispositivo explosivo foi encontrado.

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Já Zeldin, o nomeado para liderar a Agência de Proteção Ambiental, disse nas redes sociais que ele e sua família foram ameaçados. “Uma ameaça de bomba com tubo direcionada a mim e à minha família em nossa casa hoje foi enviada com uma mensagem temática pró-palestina”, escreveu ele no X. “Minha família e eu não estávamos em casa na hora e estamos seguros. Estamos trabalhando com as autoridades para saber mais à medida que a situação se desenvolve.”

Na Flórida, o gabinete do xerife do condado de Okaloosa afirmou no Facebook que “recebeu uma notificação de uma ameaça de bomba mencionando a suposta caixa de correio do ex-congressista Matt Gaetz em uma residência na área de Niceville” por volta das 9h da manhã de quarta-feira. Embora um membro da família resida no endereço, o gabinete disse que Gaetz “NÃO é morador”. Nenhum dispositivo foi encontrado.

A Polícia do Capitólio dos EUA afirmou em comunicado nesta quarta-feira que, sempre que um membro do Congresso é vítima de um incidente de swatting, “trabalhamos em estreita colaboração com nossos parceiros policiais locais e federais”. A força se recusou a fornecer mais detalhes, em parte para “minimizar o risco de imitadores”.

O presidente da Câmara, Mike Johnson, classificou as ameaças como “perigosas e desequilibradas”. “Este ano, não houve apenas uma, mas DUAS tentativas de assassinato contra o presidente Trump”, escreveu ele no X. “Agora, alguns de seus indicados ao gabinete e suas famílias estão enfrentando ameaças de bomba.” Ele acrescentou: “Isso não é quem somos na América.”/Associated Pess.

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