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FBI vai participar de investigação sobre explosões no Líbano

Agência americana vai trabalhar junto de investigadores libaneses para identificar as causas da explosão

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Por Redação

Beirute - O FBI vai trabalhar com investigadores libaneses e internacionais para esclarecer as causas da explosão que devastou o porto de Beirute na semana passada. O anúncio foi feito pelo diplomata norte-americano David Hale nesta quinta-feira, 13.

"Quero anunciar que o FBI vai juntar forças com investigadores libaneses e estrangeiros muito em breve, depois de receber um convite do Líbano", anunciou Hale durante uma visita às áreas destruídas em Beirute.

Torre de fumaça se forma no céu depois da explosão em Beirute. Foto: Mikhail Alaeddin / Sputnik via AFP

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As explosões do dia 4 de agosto provocaram destruição e deixaram mais de 170 mortos no Líbano, provocando a revolta de uma população massacrada pela crise econômica e insatisfeita com sua classe política. Protestos de rua, que já ocorriam antes da tragédia e tinham perdido intensidade com a pandemia do novo coronavírus, voltaram a ocorrer, culminando na renúncia do primeiro-ministro Hassan Diab e de sua equipe.

A comunidade internacional tem coordenado esforços para auxiliar o país após a catástrofe, com a França liderando uma coalizão internacional. União Europeia, Estados Unidos e Brasil já enviaram auxílio médico e técnico para viabilizar o combate à crise no país do Oriente Médio.

Até o momento, a causa da explosão não foi comprovada, apesar de indícios fidedignos apontarem que a destruição é resultado da combustão de 2.750 toneladas de nitrato de amônio, substância usada em bombas e fertilizantes, que estavam armazenadas em um hangar no porto de Beirute.

Segundo a rede televisão do Catar Al-Jazira, a análise de registros e documentos públicos mostra que altos funcionários libaneses sabiam há mais de seis anos que o nitrato de amônio estava armazenado no Hangar 12 do porto de Beirute. E que eles estariam cientes dos perigos que isso representava.

Dias após a explosão e com o aumento da pressão popular contra a classe política, o presidente do país, Michel Aoun, que já havia mencionado o produto inflamável como causa da catástrofe, mencionou a possibilidade de uma ação externa, sem mencionar o país ou grupo terrorista que teria causado a explosão./ Com informações da AFP

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