Filho de Trump visita a Groenlândia após o pai defender compra do território dinamarquês

Donald Trump Jr afirmou durante seu show na noite de segunda-feira, 6, na plataforma Rumble que ele faria uma ‘viagem pessoal muito longa’ para a Groenlândia com Charlie Kirk, um ativista pró-Trump

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Por Redação

Donald Trump Jr, filho do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá visitar à Groenlândia nesta terça-feira, 7, em meio a sugestões da futura administração republicana de que os Estados Unidos deveriam comprar o território dinamarquês, uma ideia que foi totalmente rejeitada por autoridades da Dinamarca e da Groenlândia.

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Trump Jr afirmou durante seu show na noite de segunda-feira, 6, na plataforma Rumble que ele faria uma “viagem pessoal muito longa” para a Groenlândia com Charlie Kirk, um ativista pró-Trump. O filho do presidente eleito apontou que irá visitar o território como “turista” e não pretende se encontrar com nenhum funcionário do governo.

O filho de Trump não deve ter nenhum cargo no governo de seu pai, mas ele atua como conselheiro informal e tem muita influência sobreo presidente eleito.

Donald Trump Jr participa de um compromisso de campanha em Grand Rapids, Michigan  Foto: Evan Vucci/AP

O ministro das Relações Exteriores da Groenlândia, Mininnguaq Kleist, disse em uma declaração na segunda-feira que “a Groenlândia é um país aberto e recebe visitantes”, depois que o governo foi informado dos planos de Trump Jr.

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Uma pessoa familiarizada com a viagem, falando sob condição de anonimato para descrever o planejamento, afirmou ao The Washington Post na segunda-feira que Trump Jr. estava viajando pelo país para gravar um vídeo para um podcast.

Expansão

Trump tem promovido a potencial expansão dos Estados Unidos enquanto se prepara para começar seu segundo mandato no final deste mês. Em uma declaração nas redes sociais em dezembro anunciando Ken Howery — um cofundador do PayPal e ex-embaixador dos EUA na Suécia — como sua escolha para embaixador dos EUA na Dinamarca, Trump disse que “o controle da Groenlândia é uma necessidade absoluta”.

O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Egede, respondeu dizendo que a Groenlândia “não está à venda e nunca estará à venda”.

Residentes praticam esportes em Qeqertarsuaq, Groenlândia  Foto: Ida Marie Odgaard/AFP

O presidente eleito promoveu a viagem de seu filho ao território em uma postagem na rede social Truth Social. “Estou ouvindo que o povo da Groenlândia é ‘MAGA’”, apontou o presidente eleito. “A Groenlândia é um lugar incrível, e o povo se beneficiará tremendamente se, e quando, ela se tornar parte da nossa Nação”.

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Compra

O presidente eleito lançou pela primeira vez a ideia de comprar a Groenlândia durante seu primeiro mandato, provocando rejeições semelhantes de autoridades locais e da Dinamarca. Ele cancelou uma visita de estado planejada de dois dias à Dinamarca em 2019 depois que a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen chamou a ideia da venda de “absurda”.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, participa de uma coletiva de imprensa em Palm Beach, Flórida  Foto: Evan Vucci/AP

Nas últimas semanas, Trump voltou a mencionar o assunto. Ele quer assumir o controle da Groenlândia, retomar o controle do Canal do Panamá e até sugeriu que o Canadá se tornasse um Estado americano. Todas as sugestões que encontraram desaprovação local.

A Groenlândia, uma ilha ártica com aproximadamente três vezes o tamanho do Texas e uma população de cerca de 57 mil pessoas, abriga uma grande base militar dos EUA. É um território autônomo com seu próprio parlamento e governo, e tem almejado a independência da Dinamarca. O país nórdico quer evitar que isso aconteça e o ministério da Defesa anunciou no mês passado um novo pacote de defesa para a Groenlândia que chega a cerca de US$ 1,5 bilhão./com W.Post

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