Com uma economia relativamente pequena e centrada basicamente na plantação de café e no turismo, a Nicarágua dependeu de subsídios externos nos dois períodos de governo sandinista. Se na década de 1980, a União Soviética era a principal parceira de Daniel Ortega, a partir de 2007 esse papel coube à Venezuela.
Com a crise venezuelana, que se agravou a partir de 2014, as remessas chavistas para Manágua começaram a cair vertiginosamente (mais informações nesta página), o que prejudicou as contas públicas, até então cuidadosamente equilibradas.
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“Os sandinistas aprenderam no seu primeiro governo como não governar o país. Na volta de Ortega, ele forjou uma aliança com setores privados e investiu em programas sociais e infraestrutura”, diz o professor da Incae de Manágua Arturo Cruz.
Segundo o analista, sem os recursos venezuelanos, Ortega passou a ter dificuldades para manter os programas de seus primeiros anos de mandato. Em paralelo, a demanda da população por bons serviços públicos aumentou. “A resposta a isso foi um estado policial repressivo”,conclui.