Russos em fuga da Ucrânia deixam corpos de soldados para trás; veja imagens

Apesar da anexação formal de territórios ucranianos por Moscou, Kiev continua a avançar militarmente sobre províncias que realizaram referendos

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Por Redação

Após a reconquista de Liman, cidade estratégica na frente leste da guerra na Ucrânia, tropas ucranianas avançam na frente sul, na província de Kherson. Autoridades russas admitiram retrocessos no campo de batalha, e anunciaram que 200 mil reservistas já foram convocados para servir às Forças Armadas.

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Há semanas os militares ucranianos coordenam uma ofensiva em duas frentes para retomar territórios controlados pela Rússia desde o começo da guerra. A maior conquista até aqui foi a retomada de Liman, em Donetsk, que obrigou as forças russas à recuarem para posições defensivas (veja a galeria). No sul, autoridades russas confirmaram a perda da cidade de Dudchani, em Kherson.

O governador pró-Rússia da província, Vladimir Saldo, admitiu um “avanço” dos ucranianos e mencionou a derrota de Dudchani, mas afirmou que a aeronáutica russa freou as tropas de Kiev.

A mensagem dos pró-Moscou é direcionada a minimizar as conquistas de Kiev - nesta terça-feira, 4, o governador adjunto, Kirill Stremousov, disse nas redes sociais que o avanço ucraniano foi contido e que não há que entrar em “pânico”.

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Apesar disso, a movimentação militar em Moscou sinaliza uma preocupação com o reforço das tropas no país vizinho.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou nesta terça-feira, 4, que mais de 200 mil reservistas foram recrutadas pelo Exército russo desde o anúncio de “mobilização parcial” de Vladimir Putin, em 21 de setembro - oficialmente, a mobilização autoriza o recrutamento de 300 mil reservistas com experiência militar ou com competências úteis para a batalha.

Shoigu declarou ainda que as tropas mobilizadas estão sendo treinadas em cerca de 80 campos militares e seis centros de formação, afirmando que um “número significativo” de pessoas se apresentou voluntariamente nas delegacias do país, antes mesmo de serem convocadas - uma narrativa oposta ao observado logo após o anúncio, quando milhares de homens em idade de convocação tentaram atravessar a fronteira russa com medo de serem enviados para a guerra.

O canal russo Rybar, que acompanha os movimentos das tropas de Moscou, revelou que os ucranianos estão avançando em Arkhanguelske e Dudchani com o objetivo de “cortar o abastecimento dos grupos russos que estão na margem direita do rio Dniepr”.

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A região de Kherson é um território-chave que tinha uma população de um milhão de pessoas antes da guerra. É de fundamental importância por ser uma grande área agrícola, mas também uma rota para a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. Estima-se que 80% da região esteja sob o controle dos russo./ AFP

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