Imagens dos quatro suspeitos do ataque em Moscou, com sinais de tortura e espancamento durante uma audiência em um tribunal da capital russa na noite de domingo, 24, foram divulgadas pela agência Associated Press nesta segunda-feira, 25.
Nas fotos, homens aparecem com os rostos inchados, marcas no rosto e curativos. É possível ver uma faixa branca na orelha de um, e outro chegou em uma cadeira de rodas à audiência, com os olhos fechados, de acordo com repórteres da AFP.
Declarações judiciais diziam que dois dos suspeitos reconheceram sua culpa no ataque, embora a condição dos homens levantasse questões sobre se eles estavam falando livremente. Houve relatos conflitantes nos meios de comunicação russos que afirmavam que três ou todos os quatro homens admitiram a responsabilidade.
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A imprensa da Rússia noticiou que os suspeitos foram torturados durante o interrogatório pelos serviços de segurança. Entretanto, Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, não quis comentar nesta segunda-feira as denúncias de tortura dos suspeitos. Em um vídeo que circulou nas redes sociais, cuja autenticidade não foi confirmada, uma pessoa fora das câmeras é vista cortando a orelha do que parece ser um dos suspeitos.
Os investigadores acusaram Dalerdzhon Mirzoyev, 32; Saidakrami Rachabalizoda, 30; Shamsidin Fariduni, 25; e Mukhammadsobir Faizov, 19, por cometer o ataque terrorista que resultou na morte de 137 pessoas.
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Os quatro indivíduos, ao menos um deles do Tadjiquistão, país da Ásia Central, foram colocados sob custódia até 22 de maio e enfrentam a pena de prisão perpétua. Depois de uma breve audiência, outros três suspeitos foram colocados sob custódia nesta segunda-feira até a mesma data.
Segundo a agência de notícias Ria Novosti, trata-se de um pai e dois filhos, um deles nascido no Tadjiquistão com nacionalidade russa. As autoridades russas anunciaram no sábado a prisão de um total de 11 pessoas.
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O grupo Estado Islâmico (EI), contra o qual a Rússia luta na Síria e que atua no Cáucaso russo, assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas as autoridades russas afirmam que após o ataque os supostos agressores tentaram fugir para o território ucraniano. A Ucrânia, que luta contra uma ofensiva das tropas russas desde fevereiro de 2022, negou qualquer “ligação com o incidente”.
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O presidente russo, Vladimir Putin, e os seus serviços de segurança, o FSB, têm evitado mencionar o envolvimento jihadista no ataque. O Kremlin afirmou que não comentará a reivindicação do grupo extremista durante o prosseguimento da investigação.
“A investigação está em curso e a administração presidencial cometeria um erro se fizesse comentários sobre o andamento da investigação. Não o faremos”, afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, que também se negou a comentar as acusações de tortura dos suspeitos do ataque.
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O massacre de sexta-feira, 22, deixou pelo menos 137 mortos em uma casa de shows da região de Moscou. Este foi o ataque com o maior número de vítimas em território europeu reivindicado pelo EI./Com AP e AFP.