França: espada medieval some após ficar cravada por mil anos a 10m do chão; suspeita é de furto

‘Mesmo que seja uma lenda, os destinos de nossa vila e desta espada estão entrelaçados’, disse a prefeita da cidade onde a relíquia estava

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Foto do author Marcos Furtado

Uma espada da Idade Média desapareceu em Rocamadour, no sul da França, onde estava cravada havia 1.300 anos na parede de uma rocha a cerca de 10 metros do chão. A hipótese é que a relíquia, conhecida como Durandal, foi roubada, segundo informações do jornal britânico The Independent.

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A Durandal teria pertencido, segundo a tradição local, a Roland, um lendário paladino que lutou no exército do rei Carlos Magno. A arma era considerada indestrutível, ainda de acordo com a tradição.

Para a prefeita de Rocamadour, Dominique Lenfant, a espada é uma referência para os moradores e visitantes da região. “Vamos sentir falta de Durandal. Ela faz parte de Rocamadour há séculos e não há um guia que não a mencione durante as visitas”, afirmou ao jornal local La Dépêche. “Rocamadour sente que foi roubada de uma parte de si mesma. Mesmo que seja uma lenda, os destinos de nossa vila e desta espada estão entrelaçados.”

Espada histórica desaparece após ficar cravada em rocha por 1300 anos.  Foto: Simone Ramella via Creative Commons

A lenda da espada Durandal

No poema do século XI “La Chanson de Roland” (normalmente traduzido como “A Canção de Rolando”), a espada é descrita com poderes mágicos, como tendo um dente de São Pedro, o sangue de São Basílio e o cabelo de São Dinis.

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Segundo a lenda, a espada Durandal permaneceu alojada na rocha de um penhasco, a cerca de 30 metros do chão, por 1.300 anos; mas, nos últimos dias, foi roubada. Foto: Patrick Clenet via Wikimedia Commons

A lenda medieval diz que Carlos Magno recebeu a arma de um anjo. A arma é repassada para Roland, sobrinho de Carlos Magno. Pouco antes de sua morte, na Batalha de Roncevaux Pass, ele heroicamente tenta quebrá-la em uma rocha para impedir que caísse nas mãos do exército rival. Segundo o poema épico, após ser lançada no ar, a arma viajou centenas de quilômetros até cair e ser cravada no penhasco em Rocamadour.

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