França volta às aulas e Itália reabrirá bares; Reino Unido inicia fim de isolamento

Escolas francesas terão classes de apenas 15 alunos e terão de seguir protocolo sanitário de mais de 60 páginas 

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Por Redação
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PARIS - Mesmo com o receio de uma nova onda de contaminação, países que ainda registram infecções e mortes pela covid-19 tentam retomar a rotina. Nesta terça-feira, 12, pelo menos 1,5 milhão de crianças voltaram às aulas em 50,5 mil escolas na França. Na Itália, a partir da semana que vem, bares, restaurantes e salões de beleza poderão voltar a funcionar. Reino Unido se prepara para começar a afrouxar as medidas de contenção amanhã, 13.  

As escolas francesas estão abertas desde segunda-feira, quando professores voltaram a suas atividades e prepararam o retorno dos alunos de creches e do primário – as unidades ficaram fechadas por um mês e meio. No entanto, o número de estudantes que retomaram a rotina representa menos de um quarto do total de 6,7 milhões de alunos do ensino fundamental na França. 

Alunos com equipamento de proteção em escola primária em La Grand-Croix, França Foto: Jean-Philippe Ksiazek/AFP

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A previsão do governo francês é que os estudantes do ensino médio voltem antes do fim do mês, mas isso dependerá da taxa de contaminação de suas regiões nas próximas semanas.

Há cidades, porém, que estão relutantes, assim como professores, que apelam ao direito de não trabalhar por considerar que há risco à saúde. Pais também têm medo de enviar seus filhos às escolas e, como o retorno é opcional, muitos decidiram manter os filhos em casa.

O governo estabeleceu um protocolo de segurança de 60 páginas que deve ser seguido pelos diretores de escolas. As classes só poderão ter 15 alunos cada uma. As regras também preveem que os professores usem máscaras e lavem as mãos repetidamente, incentivando os alunos a fazerem o mesmo. O retorno também é escalonado, com salas divididas em duas e estudantes se alternando a cada semana entre aulas presenciais e a distância. 

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Previsão do governo francês é que os estudantes do ensino médio voltem às aulas antes do fim de maio Foto: Jean-Philippe Ksiazek/AFP

Na Itália, um dos países mais afetados pela pandemia, o governo anunciou hoje que bares, restaurantes, cabeleireiros e salões de beleza poderão reabrir na próxima semana. As autoridades regionais terão a autorização para suspender as restrições a partir do dia 18.

A liberação para que cada região faça a sua abertura veio após pressão de líderes locais sobre o primeiro-ministro, Giuseppe Conti, depois de o país registrar o menor nível de infecção em dois meses – hoje, foram registradas na Itália apenas 172 mortes – no auge, o governo italiano chegou a ter quase mil mortos por dia.

“O primeiro-ministro aceitou nosso pedido de autonomia”, disse Giovanni Toti, líder de centro-direita da região da Ligúria. “Seguindo em frente, usando o bom senso, todos começaremos novamente juntos”, disse ele ao jornal The Independent. 

Reino Unido se prepara para reabertura

O Reino Unido se prepara para começar a afrouxar as medidas de contenção nesta quarta-feira, mesmo depois de ter sido revelado hoje o número de atestados de óbito que apontam a covid-19 como possível causa de morte ultrapassou 40 mil no país desde o início da pandemia.

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A estimativa supera o número de mortes por coronavírus em hospitais, residências e asilos confirmado por um teste oferecido diariamente pela Secretaria de Estado da Saúde, que hoje é de 32.692. Hoje, foram reportadas 627 novas vítimas.

Apesar do último aumento na mortalidade, o governo mantém a recomendação de que os funcionários que não podem trabalhar em casa comecem a conversar com suas empresas a partir de amanhã para organizar o retorno às atividades.

A partir desta quarta, além disso, atividades físicas fora de casa serão permitidas com limitações de tempo, e pessoas que não moram juntas poderão se encontrar, desde que seja mantida uma distância de segurança de dois metros entre elas.

Na prática, o roteiro anunciado no último domingo pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, só será cumprido na Inglaterra, já que os governos autônomos de Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte consideram a o fim do isolamento social prematuro e usaram seus poderes pela primeira vez nesta crise para se distanciar do Poder Executivo central. / AFP e EFE

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