BANGKOK - Francisco Guterres assumiu neste sábado, 20, a presidência da República Democrática do Timor Leste com a promessa de dedicar seu mandato de cinco anos a defender a independência e a unidade da antiga colônia portuguesa.
O cargo de chefe de Estado é simbólico e cerimonial, já que o verdadeiro poder recai sobre o Legislativo. A cerimônia ocorreu depois da meia-noite. O juramento no cargo ocorre dia 20 porque a data completa 15 anos desde que o Timor Leste tornou-se um estado soberano e a primeira nação a nascer no século XXI.
Guterres chegou à presidência do país apoiado pela Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin) depois de ganhar o primeiro turno, com 57,1% dos votos em 20 de março. O importante partido Congresso Nacional para a Reconstrução Timorense (CNRT) também o apoiou.
Guterres é o quarto presidente timorense e, como seus antecessores, Xanana Gusmão (2002-2007), José Ramos-Horta (2007-2012) e José Maria de Vasconcelos (2012-2017), vem da resistência que combateu a ocupação indonésia (1975-1999).
O Timor Leste é uma jovem nação situada no arquipélago indonésio, com superfície de 14,874 quilômetros e população de 1,25 milhão de habitantes que se financia com benefícios obtidos com a exploração dos recursos energéticos no mar do Timor.
As divisões políticas dos primeiros anos que estiveram a ponto de causar uma guerra civil se amenizaram quando o Fretilin e o CNRT formaram uma aliança de governo em 2015. Apesar disso, o país enfrenta problemas como corrupção, nepotismo, ausência de oposição política de peso e a necessidade de encontrar uma alternativa viável para quando se esgotem os recursos energéticos do Mar do Timor. Em julho devem ocorrer as próximas eleiões legislativas. / EFE
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