A Tokyo Electric Power Company Holdings (TEPCO), operadora da central nuclear Fukushima Daiichi, localizada no Japão, demonstrou na terça-feira, 28, como um robô controlado remotamente poderia retirar pequenos pedaços de resíduos de combustível derretido de um dos três reatores.
Segundo a empresa, será empregado um robô com tubo extensível em “estilo telesco” (com telescópio) no reator de número 2 da usina. Ele fará testes de remoção de detritos de seu recipiente de contenção primário até outubro.
O trabalho está atrasado. A remoção do combustível derretido deveria ter começado no final de 2021, mas não ocorreu devido à dificuldade de recuperação do terremoto de magnitude 9,0 e do tsunami de 2011.
A demonstração foi feita no estaleiro da Mitsubishi Heavy Industries em Kobe, na costa oeste do Japão, local onde o robô foi desenvolvido. O dispositivo equipado com pinças desceu lentamente do tubo telescópico até um monte de cascalho e apanhou um pequeno grão. A TEPCO planeja remover menos de 3 gramas de detritos no teste na central de Fukushima.
“Acreditamos que o próximo teste de remoção de resíduos de combustível da unidade 2 é um passo extremamente importante para a realização de futuros trabalhos de desativação”, disse Yusuke Nakagawa, gestor de grupo da TEPCO para o programa de recuperação de resíduos de combustível. “É importante prosseguir com o teste de remoção de forma segura e estável”, complementou.
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Cerca de 880 toneladas de combustível nuclear derretido altamente radioativo permaneceram dentro dos três reatores danificados. Os críticos dizem que a meta de limpeza de 30 a 40 anos estabelecida pelo governo e pela TEPCO para Fukushima Daiichi é excessivamente otimista. Os danos em cada reator são diferentes e os planos devem levar em conta as suas especificidades. Compreender melhor os resíduos de combustível derretido no interior dos reatores é fundamental para o seu descomissionamento (ações para mitigação de impactos ambientais).
No início deste ano, a TEPCO colocou quatro pequenos drones no recipiente de contenção primária do reator n.º 1 para captar imagens em áreas aonde os robôs não tinham chegado./AP
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