Fundação do escritor Mia Couto pede doações para ajudar vítimas de ciclone em Moçambique

Segundo a ONU, 1,7 milhão de pessoas foram afetadas pelo Idai, que atingiu três países africanos na semana passada.

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Por Renato Ghelfi
Atualização:

A Fundação Fernando Leite Couto, do escritor moçambicano Mia Couto, está recebendo doações para ajudar as vítimas do ciclone Idai, que matou mais de 700 pessoas e deixou milhares de desabrigados no sul da África.

O universo particular do escritor moçambicano Mia Couto (1955) pode ser conhecido em livros como 'O Último Voo do Flamingo' Foto: Gabriela Bilo/Esatdão

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A cidade de Beira, onde o escritor nasceu, foi uma das mais afetadas pelo Idai e está completamente alagada. Em texto publicado no Facebook, Couto disse que está "quase tão destruído" quanto sua cidade natal. 

No site da Fundação Fernando Leite Couto, uma carta assinada pelo escritor disponibiliza os dados da conta bancária que está recebendo as doações e indica que "Moçambique precisa urgentemente da soliedariedade de todos".

Segundo o comunicado, os valores arrecadados serão destinados a ações imediatas, que serão feitas em conjunto com a Cruz Vermelha, e à reconstrução de "infraestruturas e edifícios".

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O escritor destacou que, além de "roubar vidas", o ciclone deixou a região "sem estrada, sem abrigo, sem energia, sem sistemas administrativos e sem comunicações".  

Em Buzi, nos arredores de Beira, uma criança precisa ser transportada dentro de uma geladeira em meio às enchentes causadas pelo ciclone Foto: Siphiwe Sibeko /Reuters

De acordo com a ONU, 1,7 milhão de pessoas foram afetadas pela tormenta, que atingiu Moçambique, Zimbábue e Malawi na semana passada.

Mia Couto é um dos mais premiados escritores lusófonos vivos. Ele é autor de vários romances, como Terra Sonâmbula e O Último Voo do Flamingo, além de poesias, contos e crônicas. 

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