G-7 pede por ‘pausas humanitárias’ na Faixa de Gaza e aumenta pressão internacional sobre Israel

Grupo formado pelas principais economias mundiais quer entrada de mais ajuda humanitária e aumento da proteção de civis palestinos

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Por Redação
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As nações do G-7 pediram nesta quarta-feira, 8, “pausas humanitárias” nos conflitos da Faixa de Gaza e aumentaram a pressão internacional sobre Israel para que o governo ceda o ataque ao enclave, onde residem milhares de civis. A intenção do grupo, formado pelas principais economias mundiais, é permitir a entrada de mais ajuda humanitária e aumentar a proteção dos civis palestinos.

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A pausa é pedida duas semanas depois das forças terrestres de Israel entrarem em Gaza em resposta ao massacre do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro. As forças israelenses informaram que as tropas chegaram nesta terça-feira, 7, no centro da Cidade de Gaza, local densamente povoado e reduto do Hamas. Não é possível saber a posição das tropas israelenses.

A decisão do G-7 resulta de uma reunião entre os chanceleres dos países-membros em Tóquio. A “pausa humanitária” é diferente do cessar-fogo, que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que correria o risco de permitir o Hamas de se reorganizar e “repetir 7 de outubro uma e outra vez”.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, à esquerda, durante reunião do G-7 em Tóquio, Japão, nesta quarta-feira, 8. Grupo pediu pausas humanitárias em Gaza Foto: Tomohiro Ohsumi / AP

“Apoiamos pausas humanitárias e corredores para facilitar a assistência urgentemente necessária, o movimento civil e a libertação de reféns”, disse o comunicado dos ministros das Relações Exteriores do G-7. “Ressaltamos a importância de proteger os civis e o cumprimento do direito internacional, em particular do direito internacional humanitário”.

O comunicado condena o ataque do Hamas a Israel, que, segundo Israel, deixou 1,4 mil judeus mortos, a maior parte civis, e ressalta a necessidade urgente de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, comandado pelo braço político do Hamas, os ataques aéreos israelenses mataram mais de 10 mil pessoas e feriram mais de 26 mil.

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Além do G-7, importantes nações do Oriente Médio, como Arábia Saudita, Jordânia e Egito, apelaram às autoridades americanas para que Israel interrompa a ofensiva.

A Casa Branca apoia o direito de Israel de se defender e o objetivo de eliminar o Hamas, mas tem feito cada vez mais pedidos de pausas humanitárias para levar mais ajuda a Gaza.

Pouco mais de 520 caminhões de ajuda entraram em Gaza no último mês, de acordo com o Departamento de Estado dos EUA. O número é próximo do número que a ONU enviava diariamente antes do início da guerra.

O presidente dos EUA, Joe Biden, ligou para o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, na segunda-feira e discutiu a possibilidade de “pausas táticas”, segundo a Casa Branca. Netanyahu disse posteriormente à ABC News que embora Israel considere as pausas táticas, não haveria cessar-fogo sem libertação dos 240 reféns sob posse do Hamas.

Fumaça irrompe na Faixa de Gaza durante bombardeio israelense, em imagem tirada do sul de Israel nesta quarta-feira, 8. Conflito chegou à zona urbana da Cidade de Gaza Foto: Jack Guez/AFP

No comunicado do G-7, os ministros também expressaram preocupação com “aumento da violência de colonos extremistas cometidos contra palestinos” na Cisjordânia. Os ministros disseram que trabalhariam juntos “para negar ao Hamas a capacidade de arrecadar e usar fundos para realizar atrocidades”, inclusive impondo novas sanções.

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O comunicado também pediu “uma solução de dois Estados” como “o único caminho para uma paz justa, duradoura e segura”.

A declaração pareceu se alinhar mais do que as declarações anteriores do G-7 com a abordagem que o Japão adotou desde o início da guerra. Enquanto a maioria de seus pares do G-7 ofereceu apoio total a Israel, o Japão se destacou ao emitir declarações públicas mais comedidas pedindo que “todas as partes” “exerçam a máxima contenção” no conflito e expressando preocupação com “um número de baixas em Gaza”. /NYT

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