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Governo brasileiro retira diplomatas e funcionários da Venezuela

Segundo o Itamaraty, também há um movimento sincronizado para que os representantes diplomáticos de Nicolás Maduro deixem o Brasil

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Foto do author Julia Lindner
Atualização:

BRASÍLIA - O governo brasileiro decidiu retirar quatro diplomatas e outros sete funcionários da embaixada e dos consulados do Brasil na Venezuela. As remoções estão registradas na edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira, 5, mas devem levar algumas semanas, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

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Segundo o Itamaraty, também há um movimento sincronizado para que os representantes diplomáticos de Nicolás Maduro deixem o Brasil. Os postos, no entanto, não serão fechados. Não ficará nenhum diplomata ou funcionáiro brasileiro na Venezuela. O Itamaraty ainda estuda de que forma será prestada a assistência consular no país. 

Este é um dos gestos mais duros do governo brasileiro contra o regime chavista desde que Jair Bolsonaro assumiu o poder. No ano passado, ele reconheceu o oposicionista Juan Guaidó como presidente da Venezuela.

O Palácio Itamaraty em Brasília Foto: CHARLES SHOLL/FUTURA PRESS

No DOU, consta a remoção de 11 funcionários brasileiros da Venezuela. Eles estão em postos localizados em Caracas, Ciudad Guayana e Santa Elena do Uairén. Entre os representantes diplomáticos está a ministra de primeira classe Elza Moreira Marcelino de Castro e os conselheiros Francisco Chaves do Nascimento Filho, Carlos Leopoldo Gonçalves de Oliveira e Rodolfo Braga.O Itamaraty afirmou que não comentará a decisão. Questionado, Bolsonaro também não se manifestou.

No governo do ex-presidente Michel Temer, o Brasil apoiou a suspensão da Venezuela do Mercosul, em agosto de 2017. No mesmo ano, Maduro expulsou o então embaixador brasileiro, Rui Pereira. Desde então, o Brasil é representado em Caracas por um encarregado de negócios, e Maduro mantém também um representante provisório em Brasília, Freddy Meregote, que, no governo Bolsonaro, deixou de ter qualquer interlocução com o Itamaraty.

No início de 2019, Bolsonaro reconheceu a "presidência autoproclamada" de Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, de maioria opositora, que teve suas prerrogativas anuladas pela Jus.tiça controlada por Maduro. Em junho do ano passado, Bolsonaro aceitou as credenciais de María Teresa Belandria Expósito como representante da Venezuela no Brasil. Ela foi indicada por Guaidó.

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