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Governo da Espanha e separatistas catalães fecham acordo sobre lei de anistia

Em novembro, Sánchez se comprometeu a apoiar a medida em troca do voto dos deputados de Juntos pela Catalunha e de Esquerda Republicana da Catalunha para conquistar um novo mandato

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Por Redação

O Partido Socialista, do chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, fechou nesta quarta-feira, 6, um acordo com os grupos separatistas da Catalunha sobre o texto da lei de anistia, que deve ser votada nos próximos dias no Congresso. O acordo se deu após vários meses de negociações.

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A lei vai abranger “todas as pessoas ligadas ao processo de independência e estará plenamente de acordo com a Constituição, o direito e a jurisprudência europeia”, destaca o comunicado conjunto divulgado nesta quarta-feira, sem dar detalhes sobre o texto do acordo.

Sánchez se comprometeu a apoiar a medida em troca do voto dos deputados do Juntos pela Catalunha, partido do líder separatista Carles Puigdemont, e do Esquerda Republicana da Catalunha para que conquistasse um novo mandato em novembro passado.

Membros do parlamento participam de uma sessão plenária antes de uma votação sobre o polêmico projeto de lei de anistia do governo, no Congresso dos Deputados em Madrid, em 30 de janeiro de 2024. Foto: JAVIER SORIANO / AFP

A futura lei de anistia deve beneficiar os separatistas processados pela participação na fracassada secessão da Catalunha, em 2017, que acabou depois da intervenção de Madri na região.

O conservador Partido Popular (PP), principal grupo de oposição, afirma que a lei é inconstitucional e criticou o acordo com os separatistas.

O Primeiro Ministro do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, desce do avião após sua chegada ao Brasil para uma visita oficial de três dias, nesta terça-feira, 5, na Base Aérea de Brasília, em Brasília (Brasil).  Foto: André Coelho / EFE

Em visita a Brasília, Sánchez afirmou em entrevista coletiva que a lei que sairá do Congresso “será constitucional e alinhada ao direito europeu”.

A Comissão de Justiça do Congresso deve aprovar amanhã o texto da lei e enviá-lo ao plenário para ser votado posteriormente.

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