Governo da Venezuela suspende saídas em todos os portos do país

Segundo relatórios do Exército, 'grupos do crime organizado e geradores de violência' planejam realizar ações que podem servir para 'criar falsos positivos e culpar o governo' e as Forças Armadas

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Por AFP

O governo da Venezuela suspendeu, nesta quarta-feira, 20, as saídas de embarcações de todos os portos do país até 24 de fevereiro, ante a chegada de ajuda humanitária anunciada pelo líder opositor Juan Guaidó para sábado.

Soldados venezuelanos em ponte na fronteira com a Colômbia Foto: Meridith Kohut/The New York Times

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Um documento de instrução militar, ao qual a AFP teve acesso, informa a "suspensão das partidas de embarcações de todos os portos" por razões de segurança, mas não explica o que acontecerá com as atracações.

De acordo com a nota, esses relatórios indicam que "grupos do crime organizado" e "geradores de violência" planejam realizar "ações" que podem servir para "criar falsos positivos e culpar o governo" e a Força Armada. 

A nota, que afirma que somente são permitidas partidas de emergência, é assinada pelo comandante da autoridade militar da defesa de Vargas, estado onde fica La Guaira, principal porto do país.

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Reconhecido por 50 países como presidente interino da Venezuela, Guaidó disse na quarta-feira que fará brigadas de voluntários que irão a vários pontos nos estados de Táchira (oeste) e Bolívar (sul), na fronteira Cucuta (Colômbia) e Roraima (Brasil). 

Ele também mencionou o porto Puerto Cabello e La Guaira, embora o governo na terça-feira tenha ordenado o fechamento das fronteiras marítimas e aéreas de Aruba, Bonaire e Curaçao, ilha onde a ajuda também é armazenada.

A grande incógnita é como eles vão passar a ajuda se Maduro, apoiado pela Força Armada, a rejeitou, chamando-a de "esmola", "show político" e porta para uma invasão militar dos EUA. "Por mar e por terra... Devemos abrir o canal humanitário, sim ou sim", disse o líder da oposição.

O chefe legislativo também convocou manifestações em todo o país para acompanhar as caravanas que irão para a fronteira e para mobilizar as guarnições militares. O governo também pediu manifestações a seus apoiadores./ AFP

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