Governo Trump prepara mais cortes de pessoal e fusão de agências

10 mil funcionários serão demitidos do Departamento de Saúde e Serviços Humanos

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Por Redação

WASHINGTON- O governo Donald Trump anunciou nesta quinta-feira, 27, a demissão de 10 mil funcionários do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, como parte de uma ampla reorganização no setor do secretário de Saúde, Robert F. Kennedy.

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As demissões são uma redução drástica de pessoal para o amplo departamento de saúde, que empregava cerca de 82 mil pessoas e supervisiona os atendimentos médicos, alimentos e medicamentos. Junto com demissões e saídas anteriores, a mudança reduzirá o departamento para cerca de 62 mil funcionários, segundo a agência.

A reestruturação incluirá a criação de uma nova divisão chamada Administração para uma América Saudável. “Faremos mais com menos”, disse Kennedy, mesmo reconhecendo que seria “um período doloroso para o setor.”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversa com jornalistas no Salão Oval Foto: Doug Mills/NYT

As 28 divisões da agência de saúde serão consolidadas em 15 novas divisões, de acordo com uma declaração emitida pelo departamento. Os cortes de pessoal, relatados anteriormente pelo The Wall Street Journal, estão sendo feitos em linha com a ordem do presidente Donald Trump de implementar o encolhimento da força de trabalho federal por meio do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).

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A reorganização cortará 3,5 mil empregos da Administração de Alimentos e Medicamentos, que aprova e supervisiona a segurança de uma vasta faixa de medicamentos e produtos de consumo que as pessoas comem e confiam para o bem-estar. Os cortes são supostamente administrativos, mas algumas das funções dão suporte à pesquisa e monitoramento da segurança e pureza de alimentos e medicamentos, bem como ao planejamento de viagens para inspetores que investigam instalações de alimentos e medicamentos no exterior.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças também terão sua força de trabalho reduzida em cerca de 2,4 mil funcionários e estreitarão seu foco para “preparar e responder a epidemias e surtos”, disse o folheto informativo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversa com a imprensa durante uma visita ao centro John F. Kennedy, em Washington  Foto: AP/AP

Kennedy afirmou que a nova divisão, a Administração para uma América Saudável, combinaria uma série de agências focadas em tratamento de abuso de substâncias e segurança química, bem como a agência que administra tribunais que lidam com reivindicações federais sobre ferimentos por vacinas.

Fusão de agências

O governo Trump também está considerando grandes mudanças em outros setores, como no Departamento de Justiça. O republicano deseja realizar uma fusão da Administração de Repressão às Drogas e do Bureau de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos

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As outras mudanças incluem alterar drasticamente como a seção de integridade pública do departamento funciona; reduzir as investigações focadas em fraudes que envolvem práticas comerciais estrangeiras e esforços de influência estrangeira; e fechar o escritório de relações comunitárias que trabalha para reprimir a agitação pública após tiroteios policiais.

A proposta, delineada em um memorando emitido pelo procurador-geral adjunto, Todd Blanche, e obtido pelo jornal americano The New York Times, ainda não entrou em vigor. As autoridades ainda estão buscando feedback de dentro do departamento antes de prosseguir com o que autoridades atuais e antigas do Departamento de Justiça veem como uma reorganização significativa.

As mudanças são descritas como parte dos esforços do governo para reduzir e otimizar a força de trabalho federal, com a ajuda do Departamento de Eficiência Governamental liderado por Elon Musk.

A proposta de fundir as agências quase certamente exigiria aprovação do Congresso, embora até agora na nova administração, o Congresso pareça estar desempenhando um papel cada vez menor na forma como o governo federal é organizado./com NYT

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