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Grécia: um turista morre e dois desaparecem em trilhas em meio a onda de calor

Segundo o jornal britânico The Guardian, episódios levantam alerta para turistas mal informados sobre o risco de ondas de calor

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Foto do author Marcos Furtado

A Grécia teve na última semana três operações de resgate para turistas desaparecidos durante trilhas em ilhas remotas, enquanto o país registra temperaturas recordes antes do início do verão. Os episódios levantam um alerta para a falha nas informações aos estrangeiros sobre os riscos do esforço excessivo em meio à forte onda de calor que atinge o país. As informações são do jornal britânico The Guardian.

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Uma vítima fatal foi o apresentador de TV britânico Michael Mosley. Conhecido por ser defensor de um estilo de vida saudável, Mosley havia desaparecido no dia 5 de junho, após sair para uma caminhada sem celular em uma das praias de Ágios Nikolaos, até pegar um caminho errado, sob uma alta temperatura.

Mesmo com a grande operação de busca, envolvendo barcos de patrulha, mergulhadores, helicópteros, bombeiros, polícia, drones e um cão farejador, o corpo de Mosley foi encontrado depois de cinco dias na ilha de Symi, em uma área onde não podia ser facilmente encontrado. A possibilidade mais provável é que o calor recorde tenha contribuído com a morte do britânico de 67 anos.

Turistas em frente ao Partenon, em Atenas, na Grécia; país passa por onda de calor.  Foto: Petros Giannakouris/AP

O The Guardian afirma que os serviços de emergência fizeram outras duas buscas nas ilhas de Samos e Amorgos para encontrar um cidadão dos Estados Unidos e um idoso da Holanda, que também desapareceram durante trilhas.

Eric Calibet, 59 anos, um policial aposentado de Los Angeles e visitante regular de Amorgos, foi visto pela última vez na terça-feira, 11, fazendo uma trilha sozinho pela ilha Cíclades. Já o cidadão holandês de 74 anos havia igualmente começado uma caminhada de cinco horas quando desapareceu.

De acordo com o jornal britânico, a Grécia tem registrado temperaturas recordes antes do início do verão. A cidade de Chania, na Ilha de Creta, alcançou 44,5ºC na última quinta-feira, 14, de acordo com o Serviço Meteorológico Nacional (EMY, sigla em inglês). Escolas, a Acrópole e outros sítios arqueológicos foram fechados para visitantes. Voluntários da Cruz Vermelha distribuíram milhares de garrafas de água de forma gratuita e a prefeitura de Atenas montou estações de resfriamento. O país chegou ao recorde de 48ºC no verão do ano passado.

“Gostaria de ver mais câmeras de segurança e a iluminação dessas trilhas”, disse o prefeito de Symi, Eleftherios Papakalodoukas. “Se há uma lição a ser aprendida com a tragédia (da morte de Mosley), é que esses caminhos precisam ser melhor cuidados para que as pessoas não se percam”, afirmou, segundo o The Guardian.

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