A guerra na Ucrânia está prestes a completar três anos. E o mundo, como um todo, ficou mais perigoso desde que as tropas da Rússia, sob comando de Vladimir Putin, invadiram o país vizinho.
Moscou ameaça com frequência usar armas nucleares contra Ucrânia ou países aliados como estratégia para testar e deter o apoio da Otan. A intimidação escalou com o lançamento do míssil Oreshnik, que poderia, se a Rússia quisesse, ser armado com ogivas nucleares.
E não parou por aí. O Kremlin revisou a sua doutrina nuclear, ampliando as possibilidades de ataque. Analistas consideram pouco provável que a Rússia arrisque a escalada, que poderia ter consequências catastróficas, mas concordam que a ameaça por si só é um risco.
Para entender
É o dilema da segurança: sentindo-se ameaçados, outros países poderiam buscar armas nucleares, o que aumenta a insegurança global. E os mecanismos desenvolvidos no pós-Guerra Fria para evitar que isso acontecesse podem ser insuficientes agora com acordos de não proliferação esvaziados ou abandonados.
Neste vídeo você entende quais são os riscos que as ameaças nucleares representam para o mundo.
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