Hamas confirma morte de líder terrorista Sinwar e promete vingança a Israel

Grupo terrorista reiterou que só vai liberar os reféns mantidos na Faixa de Gaza quando tropas israelenses se retirarem do enclave palestino

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O grupo terrorista Hamas confirmou nesta sexta-feira, 18, que o seu líder Yahya Sinwar, foi morto por Israel na Faixa de Gaza. E sinalizou que a guerra continua, reiterando que os reféns sequestrados no atentado de 7 de outubro só serão libertos quando as tropas israelenses se retirarem do enclave palestino.

PUBLICIDADE

Khalil al Hayya, liderança do Hamas que vive no Catar, saudou o mentor do ataque terrorista como um “mártir”. Em comunicado por vídeo, ele declarou que a morte de Sinwar fortalece o grupo e que Israel e se arrependerá.

“Choramos a morte do grande líder, o irmão mártir Yahya Sinwar”, disse no primeiro pronunciamento oficial do Hamas, desde que as forças israelenses anunciaram, na quinta-feira, ter eliminado o líder terrorista em confrontos na Faixa de Gaza.

Hamas confirma a morte do seu líder Yahya Sinwar. Foto: Khalil Hamra/Associated Press

(Sinwar) ascendeu como um mártir heroico, avançando e não recuando, brandindo sua arma, engajando-se e confrontando o exército de ocupação na vanguarda das fileiras”, acrescentou.

Publicidade

A declaração pareceu se referir ao vídeo que Israel afirmam ser os últimos momentos do líder terrorista. A gravação mostra um homem, coberto de poeira num prédio destruído, arremessando um pedaço de madeira contra o drone israelense que se aproxima.

Yahya Sinwar era considerado o idealizador do ataque sem precedentes de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra no enclave palestino. Nesse dia, os terrorista mataram 1,2 mil pessoas e sequestrou mais 250.

O Hamas reiterou que não libertará os reféns em seu poder até que Israel encerre a ofensiva em Gaza, retire suas tropas do enclave e solte os palestinos presos.

As declarações dos dois lados contrariam o presidente americano Joe Biden, que descreveu a morte de Sinwar como oportunidade para buscar um caminho para a paz. “Continuamos no caminho do Hamas”, disse Khalil al-Hayya.

Publicidade

Por sua vez, o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu prometeu que vai continuar lutando “com toda a força” libertar os reféns e impedir que o Hamas volte a se armar.

“Demonstramos hoje o que acontece com todos aqueles que tentam nos prejudicar. E como as forças do bem sempre podem vencer as forças do mal e da escuridão. A guerra ainda está em andamento, e é custosa”, declarou após o Exército anunciar a morte de Sinwar.

O assassinato pareceu ser um encontro casual com as tropas israelenses na linha de frente da guerra em Gaza e pode mudar a dinâmica do conflito, enquanto Israel mantém a ofensiva contra o Hezbollah no Líbano.

Tanto o Hamas quanto o Hezbollah são apoiados pelo Irã, que saudou Sinwar como um mártir que pode inspirar outros a desafiar Israel. “Mártires vivem para sempre, e a causa pela libertação da Palestina da ocupação está mais viva do que nunca”, escreveu o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, no X./COM AFP e AP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.