O Hamas liberou mais 11 reféns, como parte do acordo com Israel por um cessar-fogo, que foi prorrogado por dois dias. Em troca, mais 33 prisioneiros palestinos devem deixar prisões israelenses nesta segunda-feira, 27.
Nas redes sociais, o porta-voz do IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel) Daniel Hagari confirmou a chegada deles em território israelense. “Unidades do IDF e do Shin Bet (Agência de Segurança de Israel) acompanham os 11 reféns que retornaram a Israel”, informou Hagari. “Depois de uma avaliação da condição médica, nossas forças continuarão acompanhando até que eles encontrem seus familiares no hospital”, acrescentou.
Segundo a lista divulgada pela imprensa israelense, o grupo é formado por oito menores de idade e duas mulheres. Todos eles foram arrancados de suas casas no Kibbutz Nir Oz, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, no ataque terrorista de 7 de outubro.
O porta-voz do Catar Majed Al Ansar detalhou que, entre os 11 israelenses libertos hoje, cinco também são cidadãos europeus e seis têm dupla nacionalidade argentina. Até então os 19 reféns de outras nacionalidades (17 tailandeses, um filipino e um russo-israelense) haviam sido libertos por meio de acordos separados. Existe ainda a expectativa de que mais seis tailandeses sejam entregues nesta segunda.
Este vídeo divulgado pela rede Al Jazeera mostra o momento em que os terroristas do Hamas entregaram os reféns a uma equipe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Agora, a expectativa é que mais 20 israelenses sejam libertos entre terça e quarta-feira, 10 para cada dia adicional de cessar-fogo.
Do lado palestino, 117 prisioneiros palestinos foram soltos por Israel e mais 33 devem ser liberados hoje. A lista inclui três mulheres, sendo duas de Jenin e uma de Jerusalém, mais 30 jovens, que ainda não tiveram os nomes divulgados. Outros 60 devem ser liberados nos próximos dias como parte do acordo para prorrogar o cessar-fogo.
A extensão da trégua foi anunciada hoje pelo Catar, que mediou as conversas junto com o Egito, e confirmada depois pelos dois lados do conflito.
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