Mais de 40 mísseis foram disparados do Líbano em direção ao norte de Israel neste sábado, 6, de acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI). O grupo fundamentalista Hezbollah, que atua no Líbano, assumiu a autoria dos disparos e disse ser uma resposta à morte de um dos líderes do grupo terrorista Hamas no início da semana.
Segundo o Hezbollah, aliado do grupo terrorista Hamas, mais de 60 mísseis fizeram parte do ataque ao norte de Israel, a maior parte atingindo a região do Monte Meron, a cerca de 340 quilômetros da fronteira com o Líbano. A FDI disse que contra-atacou um “esquadrão terrorista” no Líbano responsável pelos ataques. A agência ainda informou que nenhuma outra área israelense foi alvo do bombardeio.
Em uma publicação, o Hezbollah assumiu o disparo dos mísseis e afirmou ser uma ofensiva em resposta à morte de Saleh al-Arouri, uma das principais autoridades políticas do Hamas, na capital libanesa Beirute. Arouri foi morto em um ataque com drones no último dia 2 de janeiro.
Na sexta-feira, 5, o líder do Hezbollah Hassan Nasrallah fez um pronunciamento por meio de um canal de TV libanês para falar sobre o ataque que matou Saleh al-Arouri — foi o segundo discurso do líder nesta semana. Pela televisão, Nasrallah afirmou que o Líbano estaria “exposto” caso nenhuma resposta fosse endereçada à Israel após a morte de Arouri.
Nasrallah ainda disse que as operações na fronteira com Israel eram uma “oportunidade histórica” para lutar contra o país na busca por territórios na região.
Após os ataques cruzados entre Israel e Hezbollah, autoridades regionais e globais manifestaram preocupação com a escalada do conflito e da violência na fronteira com o Líbano. Na próxima semana, vários representantes ocidentais, como o Secretário de Estado americano Antony Blinken, devem viajar para a região para conversar com autoridades locais sobre os conflitos, incluindo a situação em Gaza e na fronteira com o Líbano.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.