O ciúme está vivo, passa bem e vive no Brasil, de acordo com um estudo internacional. Gary Brase, da Universidade de Sunderland, na Grã-Bretanha, analisou o ciúme em muitos países e descobriu que a maior diferença entre o ciúme de homens e mulheres ocorre no Brasil e a menor, no Japão. Os dados mostram que os homens brasileiros são os mais ciumentos do mundo e os japoneses, os menos ciumentos. Em relações amorosas, já é sabido que homens são muito mais ciumentos sobre sexo, enquanto mulheres se preocupam mais com ligações emocionais. Psicólogos estudaram várias explicações para isso, acreditando que a causa poderia estar ligada à evolução ou à cultura. A nova pesquisa sugere que o lado biológico é mais importante. Analisando a pesquisa, Brase notou que a taxa de fertilidade parece fazer diferença. Países com altas taxas, como o Brasil, têm homens com muito ciúme da conduta sexual das parceiras. Homens em países com menor fertilidade, como o Japão, se preocupam menos com isso. Brase acredita que o resultado reforça a visão evolucionária para a origem do ciúme. Parece que os homens querem saber se seus rivais são bons de cama, enquanto as mulheres querem saber se os homens "amam" outra. Os favoráveis à explicação pela evolução dizem que o ciúme poderia existir porque, historicamente, os homens nunca podiam ter certeza da paternidade das crianças. Por isso, prefeririam que as parceiras não tivessem sexo com outros homens. A teoria também afirma que a origem do ciúme nas mulheres é ligada ao investimento que elas fazem, em tempo e energia, para ter uma criança. Elas não querem que tudo isso seja desperdiçado com parceiros apaixonados por outras mulheres. As informações são do site da BBC em português. Para ler o noticiário da BBC, que é parceira do estadao.com.br, clique aqui.
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