LAS VEGAS, EUA - Vinte e quatro horas depois do ataque a tiros que deixou 59 pessoas mortas em Las Vegas, o hotel Mandalay Bay havia retomado sua rotina. No início da madrugada desta terça-feira, 3, alguns hóspedes jogavam nas mesas de pôquer e nos caça-níqueis do cassino, enquanto outros se juntavam ao redor de drinks nos bares. Os vestígios do massacre de domingo se revelavam na presença de policiais nos corredores e de caminhões da SWAT em um estacionamento no subsolo.
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Na quinta-feira, o aposentado Stephen Paddock se hospedou no 32.º andar do Mandalay, onde reuniu um arsenal de 23 armas e centenas de cartuchos de munição. O acesso ao hotel estava liberado na noite desta segunda-feira e hóspedes disseram que não passaram por nenhum procedimento especial de checagem de segurança.
Do lado de fora do Mandalay, os sinais do mais devastador ataque a tiros da história dos EUA eram mais evidentes. O local onde uma multidão de 22 mil pessoas se reuniu para um show de música country no domingo continuava cercado pela polícia. Além das viaturas, a área é marcada pela presença de jornalistas e de caminhões usados para transmissões ao vivo pelas redes de TV americanas.
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As ações de Paddock indicam que seu crime foi premeditado e planejado para provocar o maior dano possível. O aposentado de 64 anos quebrou duas janelas de sua suíte com um martelo e posicionou fuzis automáticos sustentados por tripés e equipados com mira telescópica em cada um deles. Segundo investigadores, ele alternou entre as duas posições, o que permitiu que atingisse áreas distintas da plateia.
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Sobreviventes relataram que não conseguiam identificar o local de onde os tiros partiam. Como é recomendado nesse tipo de situação, muitos se atiraram no chão, o que os transformou em alvo fácil para Paddock. Até o início da madrugada desta terça-feira, a polícia ainda não havia identificado o motivo que levou o aposentado a atirar de maneira indiscriminada contra a multidão reunida em Las Vegas.
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