Imprensa projeta vitória de Biden na Geórgia, primeiro democrata a vencer no Estado em 28 anos

Também foi projetada a vitória de Donald Trump no Estado da Carolina do Norte; dados dos dois últimos Estados não alteram resultado da eleição

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O presidente eleito Joe Biden também venceu no Estado da Geórgia, se tornando assim o primeiro democrata a levar o Estado na eleição presidencial em 28 anos, segundo projeção da imprensa americana, garantindo a ele mais 16 delegados.

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A imprensa também projetou a vitória de Donald Trump no Estado da Carolina do Norte, com 15 delegados.  Os dois Estados finais foram projetados nesta sexta-feira, uma semana e meia após o dia da eleição. 

Com isso, Biden somou 306 votos no colégio eleitoral enquanto Trump teve 232. As novas projeções não alteram o resultado da eleição do dia 3. Biden atingiu o mesmo total de votos que Trump conseguiu em 2016.

Joe Biden foi eleito com margem apertada no colégio eleitoral Foto: Reuters/Jonathan Ernst

A Geórgia está agora conduzindo uma recontagem manual dos votos presidenciais em todo o Estado, mas a atual liderança de Biden de 14.152 votos torna improvável qualquer mudança na recontagem.

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O último candidato democrata a vencer nesse que vinha sendo o coração de um reduto presidencial republicano foi Bill Clinton, em 1992. Trump saiu na frente no início da contagem dos votos na Geórgia, mas assim como aconteceu em vários Estados, Biden passou à frente com o andar da apuração e depois de somar os votos de Atlanta. 

Para vencer no colégio eleitoral, são precisos 270 votos. Assim, mesmo uma reviravolta na Geórgia seria insuficiente para Trump virar a disputa. A campanha do republicano tem lançado questionamentos judiciais em vários Estados, para combater o que qualifica como fraudes da oposição democrata no processo.

Biden tem insistido para o presidente admitir a derrota, qualificando o episódio como "uma vergonha" para o atual líder. Ao mesmo tempo, representantes do democrata reiteraram que estão avançando com os esforços de transição.

Na noite de quinta-feira, 12, a imprensa americana confirmou a vitória de Biden no Arizona, outro tradicional reduto republicano. O canal Fox News e a agência de notícias Associated Press já haviam previsto o resultado desde a noite da eleição, o que irritou Trump, que segue defendendo a tese de que a eleição foi fraudada e que se apenas os "votos legais" forem contados, ele venceu a disputa.

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No total, Biden venceu em 25 Estados, incluindo seu Estado natal, Pensilvânia, e onde vive, Delaware, assim como o Distrito de Columbia, onde fica Washington, capital dos EUA. Com a Pensilvânia, o ex-vice-presidente conquistou cinco Estados vencidos por Trump em 2016 - Arizona, Geórgia, Michigan e Wisconsin. A mídia dos EUA projetou vitórias para o titular republicano também em 25 Estados, incluindo a Flórida e o Texas, assim como Indiana, Kentucky, Missouri e Ohio - todos Estados que ele ganhou em 2016. 

Em dois Estados, a contagem de delegados é diferente e não segue a regra do "vencedor leva todos" os votos no colégio eleitoral. Por isso, no Nebraska, os votos eleitorais se dividiram em quatro para Trump e um para Biden. No Maine, três dos quatro votos eleitorais foram para Biden e um atribuído a Trump.

Apesar de o voto popular nacional não determinar o resultado da eleição, Biden estava à frente por mais de 5,3 milhões de votos, ou 3,4 pontos porcentuais. A porcentagem que ele tinha no voto popular, de 50,8%, era ligeiramente superior à de Ronald Reagan na eleição de 1980, quando ele derrotou Jimmy Carter./ COM AFP, AP e Reuters