Um incêndio em uma mina de ouro no sul do Peru matou 27 trabalhadores, informou o Ministério Público peruano neste domingo, 7. O incidente, considerado uma das piores tragédias mineradoras na América Latina, foi desencadeado por um curto-circuito no túnel La Esperanza 1, uma mina legalmente operada no distrito de Yanaquihua, situada no departamento de Arequipa.
O fogo se espalhou no sábado e, somente no domingo, a polícia pôde confirmar o número de vítimas. Conforme a imprensa local de Arequipa, as vítimas teriam sido enterradas a uma profundidade de cerca de 100 metros em linha reta. Em comunicado oficial, a polícia informou que 12 corpos foram resgatados pelas equipes de salvamento.
Os corpos dos trabalhadores serão levados ao necrotério da cidade de Arequipa. Até o momento, não existem relatos oficiais de sobreviventes, e ainda não se tem conhecimento exato do número de pessoas que estavam presentes na mina durante o incidente.
A mineradora Yanaquihua informou que 175 trabalhadores foram evacuados com segurança após o acidente. A empresa informou que os 27 trabalhadores que perderam a vida eram contratados de uma empreiteira especializada em mineração.
O Ministério Público do Distrito Fiscal de Arequipa disse que os investigadores estão trabalhando para esclarecer o ocorrido. “Durante a investigação, o Ministério Público determinará as causas do trágico acontecimento e as responsabilidades dos envolvidos”, diz o comunicado.
O governo, representado por Dina Boluarte, expressou condolências em um tweet, afirmando que os ministérios do Interior e da Defesa estão empenhados em resgatar e transferir os corpos das vítimas.
Dificuldade no resgate dos corpos
As forças de socorro estavam enfrentando dificuldades para proteger o local, que está situado a cerca de 2.300 metros acima do nível do mar e a aproximadamente 10 horas de carro da cidade de Arequipa. As equipes de resgate suspenderam as operações após o anoitecer e planejam retomá-las nesta segunda-feira, dia 8.
O prefeito de Yanaquihua, James Casquino, relatou que a maioria dos trabalhadores morreu de asfixia e queimaduras. Segundo Casquino, o curto-circuito foi desencadeado pelo colapso de algumas rochas. /AFP.
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