As perdas econômicas devido aos incêndios florestais que destruíram a ilha de Maui, no Havaí (EUA), e deixaram ao menos 115 pessoas mortas e 1,1 mil desaparecidas, podem chegar a até US$ 6 bilhões (R$ 29 bilhões). A estimativa foi feita pela Moody’s RMS, empresa global em modelagem e soluções de risco de catástrofes.
As perdas podem variar entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões, de acordo com o cálculo. Espera-se que cerca de 75% dos danos econômicos sejam cobertas por seguros, “porque o incêndio florestal é um perigo coberto pelas apólices de seguro típicas e a ilha tem altas taxas de penetração de seguros”, disse a Moody’s na terça-feira, 22.
A estimativa de perdas reflete danos materiais, conteúdo e interrupção de negócios em ativos residenciais, comerciais, industriais, automotivos e de infraestrutura. O cálculo foi feito a partir de avaliações de danos ao nível dos edifícios de múltiplas fontes, incluindo análises de imagens aéreas e de satélite nas áreas mais afetadas, bem como mapas de danos da Agência de Gestão de Emergências de Maui, segundo a empresa.
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Embora a estimativa de perda econômica reflita perdas diretas e indiretas de danos a ativos físicos, ela não considera fatores macroeconômicos, como redução esperada no Produto Interno Bruto (PIB) da ilha, pagamentos do governo ou custos sociais adicionais devido aos incêndios florestais.
A cidade de Lahaina, a mais atingida pelo fogo, teve mais de 850 hectares e destruiu quase 2,2 mil estruturas. O valor da propriedade segurada variou de US$ 2,5 bilhões a US$ 4 bilhões na cidade.
Uma combinação de diversos fatores, como seca, baixos níveis de umidade e fortes rajadas de vento resultaram nos incêndios que queimaram durante quatro dias. As chamas progrediram tão rapidamente que muitos moradores foram pegos de surpresa. Alguns chegaram a pular no mar para escapar do pior desastre natural da história do estado do Havaí.
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Os moradores que perderam suas casas estão abrigados, principalmente, em hotéis, que estão preparados para recebê-los até pelo menos a próxima primavera, disseram autoridades na semana passada. “Poderemos manter as pessoas em hotéis pelo tempo que for necessário para encontrar moradia para elas”, disse Brad Kieserman, vice-presidente de operações de desastres da Cruz Vermelha americana, em uma entrevista coletiva./Com AFP.