Indonésia pede que funcionários do governo trabalhem de casa para combater poluição

Jacarta, capital do País, foi a cidade mais poluída do mundo por vários dias consecutivos no início deste mês

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Milhares de funcionários da capital da Indonésia, Jacarta, foram convidados a trabalhar de forma remota a partir desta segunda-feira, 20, como parte de um projeto do governo que busca melhorar a qualidade do ar da cidade, segundo uma nota oficial. Jacarta foi classificada como a cidade mais poluída do mundo nas últimas semanas.

PUBLICIDADE

O texto do governo afirma que o projeto busca reduzir os engarrafamentos em Jacarta, que será sede da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) de 4 a 7 de setembro, e “diminuir os níveis de poluição do ar”.

Sob esse programa de teletrabalho, metade dos funcionários públicos empregados pela administração de Jacarta foi convidada a trabalhar de casa a partir desta segunda-feira por um período de dois meses. Este número aumentará gradualmente para 75% da força de trabalho nacional de setembro a 21 de outubro. Apenas aqueles que trabalham em serviços públicos essenciais, como hospitais e bombeiros, estão isentos da nova política, de acordo com o portal Nikkei Ásia.

Com nova política do governo, metade dos funcionários públicos de Jacarta trabalhará de casa até outubro. Cidade sofre com altos índices de poluição. Foto: Bagus SARAGIH/AFP

De acordo com a agência regional do serviço público, a cidade de Jacarta empregava cerca de 50 mil pessoas em julho. Jacarta é uma aglomeração de 30 milhões de habitantes que recentemente registrou um nível de partículas finas PM2,5 superior a cidades altamente poluídas do mundo, como Riade, Doha ou Lahore, no Paquistão.

Publicidade

A capital da Indonésia foi a cidade mais poluída do mundo por dias seguidos no início deste mês, de acordo com a empresa suíça de tecnologia de qualidade do ar IQAir.

Os defensores do meio ambiente acusam, em particular, as zonas industriais e as usinas movidas a carvão ao redor da capital de causar poluição tóxica, o que é negado pelo governo, que diz que as emissões dos veículos causam 44% da poluição em Jacarta, seguidas pelo setor de energia (31%) e pela indústria manufatureira (10%)./AFP.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.