Indústria da música promove ‘apagão cultural’

Importantes selos dos EUA manifestam solidariedade aos que exigem o fim do racismo e da brutalidade policial

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Por Redação

Os mais destacados selos da indústria musical se comprometeram a parar seus negócios nesta terça-feira, 2, em solidariedade aos manifestantes antirracismo, que exigem uma mudança social estrutural e o fim da brutalidade policial.

Atlantic Records, Capitol Music Group, Warner Records, Sony Music e Def Jam, entre várias outras companhias, se juntaram à iniciativa #TheShowMustBePaused (o show deve parar), surgida em meio aos protestos em massa que vêm tomando as ruas de várias cidades dos EUA após o assassinato, na segunda-feira passada, de George Floyd, um homem negro de 46 anos, por um policial branco em Minneapolis. 

O produtor Quincy Jones está entre os que se pronunciaram sobre o caso George Floyd Foto: Joshua Roberts/Reuters

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“É difícil saber o que dizer, pois estive lidando com o racismo toda minha vida. Dito isto, por Deus, é hora de enfrentá-lo de uma vez por todas”, disse legendário produtor Quincy Jones em um comunicado.

“Como guardiães da cultura, é nossa responsabilidade não apenas nos unir para celebrar as vitórias, mas também para nos apoiar uns aos outros durante uma derrota”, declarou. A Columbia Records, por sua vez, destacou que esta terça-feira não será “um dia livre”, mas um momento para “encontrar formas de avançar na solidariedade”. 

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“Quem sabe que com a música desligada, realmente possamos escutar”, afirmou a companhia em uma nota. Muitos selos também se comprometeram a fazer doações para organizações de defesa dos direitos civis.

O “apagão” da indústria da música ocorre após dezenas de celebridades, entre elas Rihanna, Beyonce, Jay-Z, Dr. Dre, Taylor Swift, Cardi B, Billie Eilish e Killer Mike, terem manifestado sua solidariedade às vítimas e sua revolta com o racismo. O ator Jamie Foxx e a superestrela do pop Ariana Grande se uniram pessoalmente às manifestações. / AFP