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Irã: o que se sabe sobre a morte do presidente do país?

Ebrahim Raisi e mais sete pessoas morreram em acidente aéreo no último domingo

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Por Redação

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, o chanceler, Hossein Amir-Abdollahian, e mais seis pessoas morreram no domingo, 19, na queda de um helicóptero na floresta Dizmar, perto da cidade iraniana Varzaghan. Veja a seguir o que se sabe até o momento sobre o acidente.

Pessoas depositam flores perto das fotos do falecido presidente iraniano Ebrahim Raisi, durante uma vigília em homenagem às vítimas do acidente. Foto: Willy Kurniawan/REUTERS

Destino da Viagem

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De acordo com a agência IRNA, o helicóptero Bell, comprado pelo Irã no início dos anos 2000, transportava o presidente Raisi, o chanceler Amir-Abdollahian e o governador da província do Azerbaijão Oriental (uma província iraniana), Malek Rahmati, de volta para o Irã, após uma viagem para a fronteira do país com o Azerbaijão. O líder iraniano participou da inauguração de uma barragem na nação vizinha.

O Irã está passando por uma crise de peças de aeronaves devido às sanções ocidentais. Voos têm sido realizados sem as verificações de segurança. O ex-ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse que a culpa do acidente com o helicóptero que transportava Raisi foi dos Estados Unidos, que ainda não se pronunciaram sobre o ocorrido.

Como foi a operação de busca?

As autoridades iranianas disseram que as buscas por sobreviventes e corpos foram dificultadas porque a área é formada por montanhas e florestas. Como uma forte neblina na região impedia o uso de drones nas primeiras horas, a operação de busca contou com 40 equipes em terra.

Como foi encontrado o local do acidente?

Imagens, divulgadas por autoridades turcas no início desta segunda-feira, mostravam um incêndio próximo de uma montanha íngreme, localizada a cerca de 20 quilômetros ao sul da região onde o presidente do Irã inaugurou a barragem. Após a divulgação das imagens, a TV estatal do país confirmou que não havia sobreviventes.

Veículos das equipes de resgate são vistos perto do local do acidente. Foto: Azin Haghighi/AP

O que acontece no Irã após a morte de seu presidente?

Raise era considerado protegido e o possível sucessor do líder supremo do Irã, Ali Khamenei. De acordo com a constituição iraniana, se um presidente morrer, o primeiro vice-presidente do país - nesse caso, Mohammad Mokhber - assume o cargo. Khamenei garantiu publicamente aos iranianos que não haverá “nenhuma interrupção nas operações do país” por causa das mortes.

O presidente Irã, Ebrahim Raisi, à esquerda, aperta a mão do presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, durante evento, que aconteceu antes da queda do helicóptero. Foto: Azerbaijani Presidential Press Office / AP

Como foi a reação internacional?

A Rússia, o Iraque e o Catar foram alguns dos países que ofereceram ajuda nas buscas e demonstraram preocupação com a vida do presidente iraniano. Por causa das relações diplomáticas com Israel, inimigo do Irã, o Azerbaijão tem tido uma relação fria com a nação iraniana, mas manifestou apoio. A Arábia Saudita, que se aproximou do país recentemente, também disse que apoia o Irã,

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Já Israel não se pronunciou até o momento. No mês passado, um ataque israelense ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, matou dois generais. O Irã respondeu a ofensiva lançando centenas de mísseis e drones contra Israel. A maioria deles foi abatida e as tensões aparentemente diminuíram.

O presidente Lula prestou condolências em uma publicação X (antigo Twitter), na manhã desta segunda.

Quem era Ebrahim Raisi?

Raisi, de 63 anos, era um clérigo religioso linha-dura que foi eleito presidente do Irã em 2021. Em seu mandato como presidente, ele supervisionou uma estratégia para expandir a influência regional de seu país - apoiando militantes por procuração em todo o Oriente Médio, acelerando o programa nuclear do país e levando o país à beira da guerra com Israel. / AP

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

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