A Justiça do Irã anunciou nesta semana que não tomou nenhuma ação legal contra uma estudante que foi presa em Teerã, capital do país, após se despir despir em público no início de novembro.
“Como foi levada ao hospital e considerada doente, foi entregue à sua família, que atualmente está cuidando dela, e nenhum processo legal foi iniciado contra ela”, disse o porta-voz do Judiciário, Asghar Jahangir.
A estudante da prestigiosa Universidade Azad de Teerã foi detida depois de ter ficado apenas com roupas íntimas, no que grupos de ativistas dizem ter sido um protesto contra o assédio dos agentes de segurança, que a acusaram de desrespeitar o rigoroso código de vestimenta islâmico.
Ela foi então “transferida para um centro de atendimento especializado”, de acordo com a embaixada iraniana em Paris.
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Em vídeos que se tornaram virais, ela foi vista caminhando lentamente em frente à universidade em suas roupas íntimas, antes de ser brutalmente colocada em um carro por homens em trajes civis.
Desde que o caso foi revelado, a jovem, mãe de dois filhos e separada do marido, tornou-se um novo símbolo da luta das mulheres no Irã.
A lei islâmica no Irã impõe um código de vestimenta muito rigoroso para as mulheres, que devem usar um véu e roupas largas que cubram suas formas./AFP
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