O Irã lançou nesta sexta-feira, 24, vários mísseis balísticos de diferentes pontos do sul do país, todos apontando para o mesmo alvo, durante o último dia de manobras organizadas pelos Guardiões da Revolução.
“Essas manobras foram projetadas para responder às ameaças lançadas nos últimos dias pelo regime sionista”, disse o general Mohamad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, em declarações à televisão estatal, fazendo referência óbvia a Israel.“Dezesseis mísseis apontaram e destruíram o alvo instalado”, disse.
Por sua vez, o general Hosein Salami, chefe dos Guardiões da Revolução– a divisão ideológica das Forças Armadas iranianas, afirmou que "o exercício militar denominado ‘Grande Profeta’ constitui em séria advertência aos líderes do regime sionista”.E acrescentou: “Diga a eles que se cometerem o menor erro, nós cortaremos suas mãos”.
Ao longo de cinco dias, diferentes unidades dos Guardiões da Revolução participaram de manobras em três províncias localizadas no sul do país, bem como em três ilhas que disputam o Irã e os Emirados Árabes Unidos.
Na quarta-feira, 22, o Irã anunciou que desenvolveu um sistema antimíssil montado na torre dos tanques T-72 M para protegê-los em caso de ataque, segundo a agência Fars, durante o terceiro dia de manobras militares.
“O sistema foi testado e será instalado na torre do tanque. Será capaz de desviar todo tipo de míssil mediante o bloqueio de seus sistemas”, segundo a agência. O comandante das forças terrestres da Guarda Revolucionária, o general Mohammad Pakpour, afirmou que os canhões desses tanques podem disparar com precisão durante a noite e têm alcance de três quilômetros.
Na terça-feira, 21, o Irã lançou vários mísseis a partir do mar e da terra como parte dos exercícios de cinco dias em três províncias do sul do país, incluindo em Bushehr, não muito longe da única usina nuclear do país.
Durante essas manobras, “utilizamos armas e munições totalmente iranianas”, declarou o comandante das forças navais da Guarda Revolucionária, o almirante Alireza Tangsiri, à Sepah News, o braço de mídia da corporação militar./AFP
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