Irã rejeita novos participantes e qualquer negociação sobre acordo nuclear

Irã rejeita novos participantes e qualquer negociação sobre acordo nuclear

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Por Redação

TEERÃ - O Ministério das Relações Exteriores do Irã rejeitou neste sábado, 30, quaisquer novas negociações ou mudanças nos participantes do acordo nuclear de Teerã com potências mundiais, depois que o presidente francês Emmanuel Macron disse que quaisquer novas negociações deveriam incluir a Arábia Saudita.

"O acordo nuclear é um acordo internacional multilateral ratificado pela Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que não é negociável e as partes dele são claras e imutáveis", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Saeed Khatibzadeh, citado pela mídia estatal.

O presidente iraniano Hassan Rouhani Foto: Iranian President Office via EFE/EPA

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O Irã começou a violar os limites do acordo sobre a atividade de enriquecimento de urânio depois que Washington, sob governo do então presidente Donald Trump, se retirou do pacto em 2018 e voltou a impor sanções econômicas a Teerã.

O novo governo do presidente Joe Biden disse que retornará ao acordo, mas somente depois que Teerã retomar o cumprimento integral de seus termos.

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A Arábia Saudita e seu aliado, os Emirados Árabes Unidos, disseram que os países do Golfo Árabe deveriam estar envolvidos desta vez em qualquer negociação. Para a Arábia Saudita, as conversas devem também abordar o programa de mísseis balísticos do Irã e seu apoio a representantes em todo o Oriente Médio.

Em seus comentários na sexta-feira, citados pela televisão Al Arabiya, Macron destacou a necessidade de evitar a exclusão de outros países da região das negociações do acordo, o que chamou de "erro".

A Arábia Saudita, que está travando várias guerras por procuração na região com Teerã, incluindo no Iêmen, apoiou a campanha de "pressão máxima" de Trump contra o Irã.

Macron disse que quaisquer novas negociações sobre o acordo nuclear com o Irã serão muito "estritas" e que resta muito pouco tempo para evitar que Teerã tenha uma arma nuclear.

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Khatibzadeh disse que Macron deveria "mostrar autocontenção". "Se as autoridades francesas estão preocupadas com suas enormes vendas de armas para os países árabes do Golfo Pérsico, é melhor reconsiderar suas políticas", disse Khatibzadeh. "As armas francesas, junto com outras armas ocidentais, não só causam o massacre de milhares de iemenitas, mas também são a principal causa da instabilidade regional." /REUTERS