Israel afirma ter matado 440 integrantes do Hezbollah e destruído ‘grande parte do arsenal’ do grupo

Exército israelense intensifica combates contra o grupo xiita no Líbano e entra em alerta máximo para o aniversário de um ano do ataque do Hamas enquanto trava guerra em ‘sete frentes’

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Por Redação
Atualização:

TEL AVIV - O Exército de Israel afirmou ter matado 440 combatentes do Hezbollah desde o início da incursão de suas tropas terrestres no Líbano, no começo da semana. Em paralelo, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu declarou que as forças israelenses destruíram grande parte do arsenal de mísseis e foguetes do grupo xiita.

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Entre os mortos, há 30 comandantes de diferentes níveis, disse o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, neste sábado, 5, enquanto os combates se intensificam no Líbano, com em Beirute, a capital, e Trípoli, a segunda maior cidade do país. O grupo xiita não divulga o número de baixas no conflito.

Hagari afirmou ainda que o Exército de Israel destruiu 2 mil alvos ligados ao Hezbollah, incluindo instalações militares, armas e infraestrutura subterrânea. “A organização terrorista Hezbollah investiu grandes esforços e recursos para colocar suas armas no subsolo e dentro de prédios civis. Atualmente, estamos trabalhando com determinação para destruí-las”.

Israel intensificou bombardeios no Líbano em confrontos contra o Hezbollah.  Foto: Hassan Jarrah/ AFP

“Destruímos grande parte do arsenal de mísseis e foguetes que o Hezbollah acumulou ao longo dos anos”, reforçou o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu em uma declaração na TV. “Mudamos o curso da guerra”.

O ministério da Saúde do Líbano afirma que mais de 2 mil pessoas morreram e 9,5 mil ficaram feridas desde o início do conflito, há quase um ano, quando o Hezbollah passou a trocar disparos com Israel em apoio ao Hamas, no dia seguinte ao ataque terrorista de 7 de outubro. O ministério não faz a distinção entre civis e combatentes.

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A maior parte das mortes, no entanto, foi registrada nas últimas semanas, depois que Israel explodiu pagers usados por membros do Hezbollah, assassinou o seu líder Hasan Nasrallah e lançou a incursão terrestre no Líbano.

Hashem Safieddine, apontado como possível sucessor no comando do Hezbollah está fora de contato desde ontem. Autoridades israelenses afirmam que ele era o alvo dos bombardeios de quinta, um dos mais intensos desde a morte de Nasrallah, mas ainda não está claro se ele foi morto. O grupo xiita não divulga baixas no conflito.

Do lado israelense, pelo menos nove soldados morreram nos combates. O país afirma que o objetivo é permitir o retorno seguro das milhares de pessoas que deixaram as suas casas no norte de Israel, desde que o país passou a trocar disparos com o Hezbollah.

Israel em alerta máximo

Enquanto combate em várias frentes, Israel entrou em alerta máximo de segurança para o 7 de outubro, quando o atentado do Hamas, estopim da guerra, completa um ano.

“Esta semana vamos relembrar o aniversário da guerra e do 7 de outubro. Estamos preparados com mais forças antecipadamente para este dia. Vão tentar executar ataques na frente interna”, alertou Daniel Hagari.

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Um ano depois que os terroristas do Hamas invadiram Israel matando 1,2 mil pessoas e levando mais 250 como reféns, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu descreveu essa como uma guerra em sete frentes. “Hoje, Israel está se defendendo em sete fronts contra os inimigos da civilização”, disse.

São elas: a Faixa de Gaza, onde a resposta ao ataque do Hamas deixou mais de 40 mil mortos; o Líbano, onde o país enfrenta o Hezbollah; a Cisjordânia, onde Israel mantém uma ocupação no território palestino; os rebeldes Houthis, do Iêmen; as milícias xiitas apoiadas pelo Irã no Iraque e na Síria; e o próprio Irã, que disparou cerca de 200 mísseis balísticos contra o território israelense durante a semana em retaliação pela morte de Nasrallah.

Do Norte de Israel, foi possível ver fumaça de bombardeios no Sul do Líbano na manhã deste sábado. Foto: Leo Correa/Associated Press

Netanyahu descreveu o Irã como uma “ameaça permanente” e voltou a prometer que responderá ao ataque. A possível retaliação elevou os temores de uma guerra total no Oriente Médio e o presidente americano Joe Biden desaconselhou Israel de atacar instalações petrolíferas iranianas, depois de admitir que essa possibilidade estava sendo discutida.

O ministro das Relações Exteriores de Teerã, Abbas Araghchi, prometeu neste sábado que o país vai responder com mais força, se for atacado por Israel. “Nossa reação a qualquer ataque do regime sionista é clara”, disse e visita a Síria, onde se reuniu com Bashar al-Assad, um aliado do Irã. “Para cada ação, haverá uma reação proporcional e similar do Irã, inclusive com mais força.”/AFP e NY Times

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