Israel afirmou nesta terça-feira, 22, a morte de Hashem Safieddine, o possível sucessor de Hasan Nasrallah no comando da milícia xiita extremista Hezbollah, baseada no Líbano. A organização confirmou a morte nesta quarta-feira.
Segundo o Exército israelense, Safieddine teria sido morto em um ataque aéreo no sul de Beirute no início deste mês.
O bombardeio foi realizado durante a campanha militar de Israel no Líbano semanas após a morte de Hasan Nasrallah em um outro ataque israelense em 27 de setembro. Ele era o principal líder do Hezbollah desde 1992 e a sua morte escalou a guerra no Oriente Médio.
A morte de Safieddine havia sido declarada por Binyamin Netanyahu no dia 8, mas foi concluída pelo Exército israelense nesta terça-feira devido ao período de inatividade e por estar incomunicável desde então. Cerca de outros 25 líderes do Hezbollah foram mortos no mesmo bombardeio.
Safieddine era primo de Nasrallah e comandava o conselho executivo do Hezbollah, que cuida de assuntos financeiros e administrativos do grupo Ele também participava do conselho da Jihad, responsável pelas atividades militares do Hezbollah.
O clérigo xiita foi a primeira autoridade do Hezbollah a falar em público depois que o grupo Hamas, aliado da milícia, realizou o ataque terrorista contra Israel em 7 de outubro de 2023, desencadeando a guerra na Faixa de Gaza que arrastou a milícia xiita a um conflito paralelo na fronteira norte de Israel.
Ataques no Líbano continuam
Apesar de ter eliminado as principais lideranças do Hamas, Israel continua com a ofensiva contra o Hezbollah no Líbano. Nesta terça, o ministério de saúde do país disse que ataques aéreos mataram 10 pessoas e feriram outras 31 no sul e na região do Vale do Bekaa.
Nas últimas 24 horas, a unidade de resposta a crises do Líbano registrou 125 ataques aéreos e incidentes de bombardeios, concentrados principalmente no sul e na província de Nabatiyeh.
Cerca de 1.095 centros — incluindo complexos educacionais, institutos vocacionais, universidades e outras instituições — estão atualmente abrigando 191,5 mil pessoas deslocadas pela ofensiva israelense no Líbano. Entre esses abrigos, 908 já atingiram a capacidade máxima. /AP
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