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Israel aumenta tropas para combates contra o Hezbollah no Líbano e bombardeia arredores de Beirute

Número de soldados em invasão terrestre no país cresce à medida que combates seguem no sul e centro do Líbano; território israelense sofre ataque de mísseis do Hamas e do Houthis

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Por Redação
Atualização:

Israel enviou mais três brigadas de soldados para o Líbano nesta segunda-feira, 7, para se juntar à invasão terrestre no país iniciada na semana passada para combater a milícia xiita radical Hezbollah. Os militares israelenses continuam em combates no local, enquanto as tropas aéreas seguem bombardeando as regiões do sul libanês e arredores de Beirute.

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Não está claro se os soldados enviados se somam a locais com operações presentes ou se Israel expande a invasão para novas partes do Líbano. As forças israelenses afirmam que o objetivo militar é afastar o Hezbollah para longe da fronteira e interromper os ataques com mísseis no norte de Israel, mas os ataques na região continuam.

Ao mesmo tempo, Israel disse que estava realizando ataques “extensos” contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano e em Dahiya, uma área muito povoada próxima a Beirute, a capital libanesa. O relato no local é de extrema fumaça por causa de bombardeios.

Imagem desta segunda-feira, 7, mostra homem próximo a prédios destruídos em Dahiya, no sul de Beirute, no Líbano. Região é destruída por ataques aéreos de Israel Foto: Hussein Malla/AP

Os novos ataques foram realizados na noite do domingo e madrugada desta segunda. Segundo o Ministério de Saúde do Líbano, 22 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas. Um dos ataques atingiu um quartel de bombeiros no sul do Líbano e matou pelo menos 10 bombeiros que se preparavam para sair em serviço. A autoridade de saúde disse que o ataque é um crime de guerra.

Desde que Israel e o Hezbollah entraram em conflito, há um ano, as autoridades libanesas contabilizaram 2.083 mortes e 100 mil feridos, a maioria nas últimas três semanas, com o aumento das operações israelenses no país. O Ministério da Saúde do Líbano, Firass Abiad, disse que o número de mortos e feridos é provavelmente inferior ao real porque se baseia apenas nas vítimas relatadas pelos hospitais, excluindo aquelas ainda presas em escombros.

O aumento das operações israelenses no país despovoou cidades inteiras no sul do Líbano. Segundo o Programa Mundial de Alimentos, a maioria dos moradores da cidade costeira de Tiro, que chegou a ter 200 mil habitantes, foi deslocada. A ONU estima que 1,2 milhão de pessoas no país foram forçadas a deixar suas casas, o que significa mais de 20% da população.

Do lado israelense, 11 soldados morreram durante os combates terrestres contra o Hezbollah, segundo as Forças de Defesa de Israel. O último anúncio foi de dois soldados, ambos da unidade de mobilidade, mortos neste domingo.

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Ataques em Israel e na Faixa de Gaza

No dia em que o ataque terrorista do Hamas completa um ano, novos foguetes foram disparados contra Israel da cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, segundo os militares israelenses. Os projéteis foram interceptados, e Israel disse que os lançadores foram destruídos por caças que sobrevoaram a cidade palestina. “Durante o ataque, explosões secundárias foram identificadas, revelando a presença de armas”, disseram os militares. A alegação não pode ser verificada.

Israel também fez novos ataques na Faixa de Gaza e pede para que os palestinos se retirem do norte do enclave. O pedido agrava a crise envolvendo os civis, que estão deslocados por áreas completamente destruídas após um ano de conflito.

Em paralelo, um míssil foi disparado pela milícia Houthi, sediada no Iêmen, contra Israel. Sirenes soaram no centro do país e o míssil foi interceptado. A milícia é aliada do Hezbollah, do Hamas e do Irã, e recentemente Israel fez ataques contra o Iêmen para retaliar os mísseis. /Com NYT

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