Fortes explosões abalaram Beirute na noite deste sábado, enquanto Israel intensificava os bombardeios no Líbano. Os ataques começaram logo depois que o Exército israelense emitiu nova ordem de retirada aos moradores de subúrbios no sul da capital libanesa, reduto do Hezbollah.
Os clarões das explosões iluminaram o céu no bairro densamente povoado de Dahiyeh menos de uma hora após o alerta de retirada ser emitido para os moradores. A Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA) registrou pelo menos cinco ataques no sul de Beirute, sendo quatro em Dahiyeh e o quinto Choueifat Al-Amrousieh.
A imprensa no local relata bombardeios na capital libanesa ficaram mais intensos na noite deste sábado e a rede americana CNN afirma que uma das explosões atingiu a estrada que leva para o aeroporto de Beirute.
Sem dar mais detalhes, o Exército confirmou que estava atacando alvos do Hezbollah nos arredores da capital libanesa. As Forças de Defesa de Israel (IDF da sigla em inglês) disseram ainda que cerca de 30 projéteis foram disparados do Líbano em direção ao território israelense, com alguns sendo interceptados.
Mais cedo, o IDF afirmou ter matado 440 combatentes, sendo 30 comandantes, e destruído mais de 2 mil alvos do Hezbollah desde que lançou a incursão terrestres no Líbano, no começo da semana. Do lado israelense, nove soldados foram mortos.
Israel afirma que seu objetivo é afastar o Hezbollah da fronteira para que os israelenses deslocados possam voltar para suas casas.
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O Hezbollah, apoiado pelo Irã e considerado a força armada mais poderosa do Líbano, começou a disparar foguetes contra Israel quase imediatamente após o ataque do Hamas em 7 de outubro.
Na semana passada, Israel lançou o que chamou de uma operação terrestre limitada no sul do Líbano, após uma série de ataques que mataram o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Os combates são os mais intensos desde a breve guerra entre Israel e Hezbollah em 2006.
O conflito deixou mais de 2 mil mortos no Líbano, sendo 1,4 mil só nos últimos dias, quando os combates se intensificaram. Além disso, 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas./Com NY Times, AP e AFP
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