Israel cancelou cerca de 200 autorizações de trabalho concedidas a cidadãos palestinos da Faixa de Gaza para trabalhar em seu território nesta quinta-feira, 24, um dia depois de atentados a bomba matar uma pessoa e deixar dezenas de feridos em Jerusalém.
De acordo com a agência de segurança israelense Shin Bet, a medida foi direcionada a trabalhadores palestinos que possuem familiares militantes em movimentos jihadistas como o Hamas, segundo a agência de notícias britânica Reuters.
Duas explosões em pontos de ônibus mataram uma pessoa e deixaram dezenas de feridos em Jerusalém na manhã de quarta-feira. A primeira delas, no início da manhã, aconteceu em um movimentado ponto da capital, onde um adolescente morreu. Pouco depois, uma segunda explosão foi confirmada em um ponto de ônibus em Ramot, um assentamento no norte da cidade, onde algumas pessoas ficaram feridas.
Autoridades de segurança e de inteligência abriram uma investigação e uma pessoa foi presa nesta quinta-feira. De acordo com a Shin Bet, Fathi Ziad Zakot, de 31 anos, foi preso após apurações apontarem que ele foi recrutado pela jihad islâmica na Palestina para colocar uma bomba em um ônibus no sul do país.
Com Zakout, que vivia no sul da Faixa de Gaza, em Rafiah, uma bomba e outros materiais ilegais foram encontrados pelas forças de segurança, segundo o The Jerusalem Post.
Ainda de acordo com a Shin Bet, Zakot teria passado por treinamento de explosivos com terroristas no enclave controlado pelo Hamas, e começou a coletar materiais explosivos para montar a bomba enquanto estava em Israel. A tentativa de ataque teria sido comandada por Jihad Na’am, um alto funcionário da jihad islâmica em Rafiah.
Em uma publicação no Twitter, o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, condenou o uso político de trabalhadores palestinos pelos grupos militantes. “A tentativa de grupos terroristas de explorar os empregos de trabalhadores em Israel para realizar ataques põe em risco a subsistência de centenas de milhares de moradores da Faixa de Gaza”, escreveu.
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